Mais anos de estudos permite que o cidadão tenha um salário até 400% maior, segundo dados da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2002-2003, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O maior rendimento médio mensal familiar encontra-se nas famílias chefiadas por pessoa com 11 anos ou mais de estudo, R$ 3.796, valor 404% maior que os R$ 752 encontrados em famílias cuja pessoa de referência tinha menos de um ano de estudo.
Segundo o estudo, a maior concentração de famílias (14,2 milhões do total de 48,5 milhões de famílias) se encontrava no grupamento de 4 a 7 anos de estudo, com rendimento médio de R$ 1.324.
Nas famílias sem nenhuma pessoa com nível superior, a média de rendimento era de R$ 1.215; com uma pessoa de nível superior, a renda cresce para R$ 3.817; e com mais de uma pessoa com nível superior, o rendimento fica em torno de R$ 6.994. "Se você comparar as famílias que não têm nenhum integrante com nível superior com as famílias que têm pelo menos uma pessoa graduada, o rendimento triplica", destacou o analista socioeconômico do IBGE José Mauro de Freitas Júnior.
A POF mostra ainda que, em 2003, 84% das famílias não possuíam integrantes com nível superior. Segundo Freitas, dos 48 milhões de famílias entrevistadas, 40 milhões responderam que não tinham integrantes cursando ou com nível superior completo.
Os dados também indicaram que as despesas com o grupo educação são crescentes à medida que crescem os anos de estudo da pessoa de referência das famílias. A despesa com educação foi 20 vezes maior nas famílias cuja pessoa que cobre os gastos do domicílio tinha 11 anos ou mais de estudo, do que a observada nas famílias com menos de um ano de estudo.
Folha Online