Conforme prevê a Instrução Normativa 001/07, que fixa a doação de bens apreendidos pelo Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins, o presidente interino do órgão, Marcelo Falcão Soares, entregou na manhã desta segunda-feira, 18, na sede do instituto em Palmas, 10 quilos de capim dourado para duas associações de artesãos do município de Santa Tereza do Tocantins, beneficiando 98 artesãos.
A presidente da Associação dos Artesãos de Santa Tereza do Tocantins, Maria do Carmo Viana, afirmou que o produto recebido será muito útil, já que os associados não têm condições de comprar o capim, cujo preço do quilo chega a custar R$ 50,00. Já a presidente da Associação Arte e Artesanato, Adelina Alves, relatou que as peças produzidas (bijuterias) com o capim podem gerar um lucro de aproximadamente R$ 3,300,00 às duas associações. Segundo as extrativistas, o valor estimado dos 10 quilos do produto para venda é de aproximadamente R$ 500,00.
Marcelo Falcão lembrou que a doação premia as entidades que trabalham corretamente, já que o produto doado foi apreendido em poder de pessoas não autorizadas a fazerem a coleta. “Ficamos felizes em saber que o capim será utilizado por pessoas que realmente necessitam”, destacou Falcão.
Doações
O capim doado foi apreendido durante operação realizada no final de 2007 na região do Jalapão, quando foram recolhidos 92 quilos. Outras três associações comunitárias também serão beneficiadas com um total de 40 quilos de capim dourado. São elas, a Associação dos Artesãos do Projeto de Assentamento Santo Onofre e Santa Tereza, em Ponte Alta do Tocantins (10 kg); a Associação dos Extrativistas e Artesãos do Capim Dourado do Jalapão, em Novo Acordo (10 Kg); a Associação Indígena Akawê em Tocantínia (10 kg).
Regulamentação
A Portaria nº 362 do Naturatins, publicada em junho de 2007, adota medidas de ordenamento à coleta e ao manejo do capim dourado em todo o Estado. Dentre as principais determinações estão a regulamentação do período de coleta do capim dourado, de 20 de setembro a 30 de novembro, desde que as hastes estejam completamente secas ou maduras e que a coleta do capim seja restrita a associados, entidades comunitárias de artesãos e extrativistas, residentes nos municípios tocantinenses, devidamente credenciados.
Fonte: Secom