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Cultura

Foto: Zezinha Carvalho

Foto: Zezinha Carvalho

A apresentação artística indígena Dasipê – dança e festa da alegria abriu o II Fórum Social Indígena do Tocantins – “Avanços e Desafios”. Apresentada pelo grupo de dançarinos Xerente, a dança significa uma saudação com satisfação a todos os indígenas e entidades que tem comprometimento com a causa indígena no Brasil e no Tocantins. O Hino Nacional Brasileiro foi cantado pela índia e gerente Indígena da Fundação Cultural, Joana Euda. O cacique Gilberto Srewe Xerente declamou uma poesia chamada de “Nação Tocantins” e a índia, Maria Aparecida Apinayé prestou uma homenagem ao líder indígena Augustinho Pepxá Apinayé, que lutou pela demarcação das terras do povo Apinajé. O líder fundou a aldeia Buriti Comprido, localizada nas proximidades de São Bento.

O evento, que está sendo realizado no auditório do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, de 9 a 11 deste mês, com palestras e debates sendo realizados durante todo o dia, tem como objetivo oportunizar o encontro entre os povos indígenas e o governo, para que seja feita uma avaliação conjunta sobre os avanços obtidos nos últimos dois anos e uma revisão dos desafios alcançáveis em termos de políticas públicas.

Para o assessor de Assuntos Indígenas da secretaria da Cidadania e Justiça, Evalcy Apinayé, é uma satisfação para o povo Apinajé e demais etnias, está desfrutando dos avanços alcançados no I Fórum Indígena, que aconteceu em 2005. “Estamos aqui para dar continuidade às conquistas e, assim, melhorar a nossa qualidade de vida”, pontuou Apinayé.

De acordo com o coordenador da Funasa no Tocantins, João Reis Ribeiro Barros, o órgão tem lutado, juntamente com os povos indígenas para que seus direitos prevaleçam. Para Reis, os indígenas devem ser respeitados em sua plenitude.

O presidente da Fundação Cultural, Júlio César Machado, disse que o Fórum tem uma conotação especial, porquê mostra uma seqüência de trabalhos efetivados no Estado e apresenta os povos e os seus trabalhos. Machado destacou a ida dos indígenas (etnia Javaé) e alguns agentes culturais à França em 2005 (ano do Brasil na França). Para o presidente, o que se quis mostrar na viagem foi a cultura do Tocantins e a preservação dos seus índios.

“Há seis anos atrás, as questões indígenas eram de total competência do governo federal. Hoje, os indígenas do Tocantins são, também, de responsabilidade do Estado”, ressalvou o procurador da República no Tocantins, Álvaro Lotufo Manzano. Para Manzano, já é uma grande conquista reunir todas as etnias indígenas do Estado, uma vez que todos estão em busca de um só objetivo. De acordo com o procurador, o Ministério Público Federal, cumprindo sua missão na constituição, vem trabalhando em parceria com outras entidades para garantir os direitos dos índios.

Para o secretário da Cidadania e Justiça, Télio Leão Ayres, buscar os desafios que vem pela frente, soluções e idéias para melhor implementar políticas públicas para os povos indígenas, são os maiores objetivos do II Fórum Indígena. Ayres enfatiza que é um orgulho para o Tocantins ter todas as áreas indígenas demarcadas, as aldeias assentadas, num total de aproximadamente 2 milhões de hectares, área satisfatória para que os povos indígenas possam explorar, produzir no sentido de buscar.

Fonte: Secom