O Museu Paraense Emílio Goeldi (Mpeg) e a Conservação Internacional lançaram a quarta edição do Prêmio José Márcio Ayres para Jovens Naturalistas.
Voltado para alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas ou particulares, o concurso incentiva a produção de pesquisas sobre o tema “Biodiversidade Amazônica”. As inscrições de trabalhos poderão ser feitas até 19 de Setembro.
Criado em 2003, o prêmio é um ação de popularização do tema da biodiversidade na região da Amazônia. Segundo os organizadores, mais do que um concurso, a iniciativa busca envolver todo o universo escolar, valorizando alunos, professores, orientadores e escolas, além de incentivar a pesquisa científica entre estudantes, capacitar professores e permitir o acesso à informação científica.
O prêmio está dividido nas categorias ensino médio, com estudantes apresentando trabalhos individuais, e ensino fundamental, cujos trabalhos devem ser desenvolvidos em equipes, formadas por três alunos.
Os três melhores trabalhos na categoria fundamental receberão prêmios que variam de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Os melhores trabalhos da categoria médio receberão, por sua vez, prêmios que variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil. Além da premiação em dinheiro, os finalistas e seus orientadores recebem certificados e publicações de divulgação científica.
Os professores que orientarem alunos classificados em primeiro lugar receberão computadores e as escolas que apresentarem melhor rendimento também ganharão kits de publicações.
A primeira etapa de seleção é a avaliação dos trabalhos escritos, após a qual serão definidos os finalistas. O anúncio dos finalistas ocorrerá dia 6 de outubro, data em que o Mpeg comemora 142 anos de fundação. Quem passou na primeira etapa fará apresentação oral dos trabalhos no dia 23 de outubro. No dia 24 de outubro serão anunciados os vencedores e entregues os prêmios.
A comissão do Prêmio Márcio Ayres é formada por um grupo de pesquisadores e educadores do Mpeg, da Conservação Internacional, Universidade Federal do Pará (UFPA), Secretaria de Educação do Estado (Seduc) e Secretaria Municipal de Educação de Belém (Semec).
O concurso é uma homenagem ao biólogo paraense José Márcio Corrêa Ayres, falecido em 2003, considerado um dos mais respeitados especialistas em primatas e um dos cientistas mais importantes no mundo na área de Conservação da Biodiversidade. Ele trabalhou em instituições como o Museu Goeldi, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Wildlife Conservation Society.
Ayres também ficou conhecido internacionalmente pela criação da primeira reserva de desenvolvimento sustentável na Amazônia nas matas de várzea do rio Mamirauá, no norte do Amazonas. Na reserva de Mamirauá o biólogo encontrou o primata uacari-branco, uma espécie que se acreditava extinta desde o século 19.
Mais informações: http://marte.museu-goeldi.br/marcioayres
Fonte: Agência Fapesp