O número de mulheres que busca os serviços do Centro de Referência da Mulher tem aumentado gradativamente em Palmas. De janeiro a julho deste ano foram 148 atendimentos, enquanto que no mesmo período do ano passado, foram 124.
A maior procura pelos serviços do Centro de Referência, órgão gerenciado pela Coordenação Municipal da Mulher Direitos Humanos e Equidades (Comudhe), é reflexo do trabalho de conscientização da mulher em relação aos seus direitos. "A mulher geralmente não procurava ajuda por ter vergonha de ser uma vítima da violência, fosse física, sexual ou moral. Hoje a mulher está confiando mais e devido ao trabalho com apoio psicológico, jurídico, entre outros, ela busca auxílio", explica a coordenadora Rosimar Mendes.
Ainda de acordo com Rosimar Mendes a procura pelos serviços do Centro de Referência hoje acontece por parte da própria mulher, enquanto anteriormente este encaminhamento era feito na maioria das vezes pela Delegacia da Mulher, ou demais órgãos que atuam na área.
O Centro de Referência foi implantado em março de 2005, e nestes três anos e meio de funcionamento na Capital, foram atendidas 692 mulheres.
Agressão
A coordenadora da Mulher, Direitos Humanos e Equidade, Rosimar Mendes, ressalta que as agressões, além das graves conseqüências morais e piscológicas para as mulheres, refletem negativamente para o desenvolvimento econômico e social do País. De acordo com dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento, no Brasil, 70% dos crimes contra a mulher acontecem dentro de casa e o agressor é o próprio marido ou companheiro; a violência doméstica custa ao país 10,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB).