O governo perdeu eleições em cidades importantes do estado como Araguaína, Gurupi, Dianópolis, Natividade e mesmo em alguns casos em que um integrante de partido da coalizão governista ganhou como em Pedro Afonso e Ananás, não era o candidato apoiado pelo governo.
Sobre a necessidade de reavaliação do cenário político para manter a hegemonia no estado, o repórter Giordano Maçaranduba entrevistou o presidente metropolitano do PMDB e deputado estadual, Eli Borges.
Borges afirmou que o processo eleitoral demonstrou que o Estado saiu de um processo político-histórico de bipolarização para um processo de tripolarização. “Faltou a compreensão do Governo, que foi eleito por força de coalizão, que quem é eleito por uma força de coalizão faz a coerência das eleições no diálogo, no relacionamento, no reconhecimento do companheiro. E isso foi tom da eleição do governador e deveria ser o tom agora nesta eleição. Percebeu-se que não atentaram para esse detalhe e naturalmente nós estamos vivendo um quadro diferenciado”, analisou.
Borges ainda disse que a intolerância do governo em dialogar acabou fortalecendo o crescimento de uma terceira força no Tocantins: o PT. O fenômeno seria o fim da bipolarização e o surgimento de uma tripolarização. “Acho que isso é bom para a democracia e acho que o governo tem alguns dias para refazer, caso queira retomar todo esse processo político, os caminhos do reconhecimento às candidaturas. Gostaria do reconhecimento dos erros que foram cometidos e de outra forma se não houver essa humildade finalmente haverá a consolidação do que eu chamo de tripolarização”, finalizou Eli Borges.