Com o intuito de reforçar a vigilância para a possível ocorrência de varíola bovina em humanos, a Sesau – Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, alerta toda a população quanto à prevenção da doença.
A preocupação se dá, devido à ocorrência de casos de varíola bovina em rebanho, nos municípios de Santa Fé do Araguaia e Muricilândia, notificados pela Adapec - Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins e também de dois casos humanos, notificados pela Sesau, no município de Santa Fé do Araguaia. Desde a criação do Estado, é a primeira vez que se tem notificação da doença em humanos.
Segundo o gerente de núcleo de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, Cláudio Nogueira, após a notificação pela Adapec, de casos em bovinos da doença, a Sesau vem alertando e sensibilizando os municípios que tiveram casos, para o diagnóstico correto da doença em humanos, “a varíola bovina não representa o mesmo perigo da varíola humana, doença que foi erradicada na década de 80, mas mesmo assim, a Secretaria alerta a população quanto à prevenção da doença”, disse.
A doença provoca no homem lesões na pele, localizando-se principalmente nas mãos, antebraço e mais raramente nos braços. Além das lesões a pessoa infectada pode sofrer dores intensas nos locais das pústulas, cefaléia, febre e enfartamento ganglionar e mal-estar. A doença dura um período de 20 a 25 dias.
A contaminação na espécie humana ocorre através do contato direto entre as lesões variólicas existente em animais ou humanos infectados e soluções de continuidade em lesões preexistentes no exposto.
Não existe tratamento específico, apenas terapia de suporte objetivando controlar a infecção, evitando que possa ocorrer uma contaminação secundária.
Para o diagnóstico deve-se proceder à diferenciação de casos humanos por varíola bovina dos seguintes eventos: dermatite bacteriana, dermatite fúngica, dermatite devido a agentes químicos ou físicos, dermatites alérgicas e dermatite por deficiência nutricional.
As medidas preventivas estão ligadas à desinfecção dos membros superiores antes e após atividades com animais. Bem como a adoção de medidas higiênicas durante a ordenha, recomendado por profissional habilitado.
Caso seja necessário ordenhar animais doentes, fazer a utilização de luvas de procedimento, realizar desinfecção das mãos e dos tetos. E ordenhadores com solução de continuidade devem ser afastados da função.
Doença
Varíola bovina é uma zoonose, infecto-contagiosa, sub-aguda, não fatal, podendo surgir ou não febre nos animais, caracterizadas por lesões cutâneas que seqüencialmente assumem a forma de pápulas, vesículas, pústulas e crostas.
A varíola bovina diagnosticada no Tocantins é ocasionada pelo vírus vaccinia, cepa Cantagalo, Gênero Ortopoxvírus, Família Poxvirídae.
Responsável por enormes prejuízos econômicos principalmente na atividade de pecuária leiteira, onde as matrizes acometidas pela doença diminuem a lactação, e aqueles animais não tratados efetivamente advém a mastite.
Fonte: Ascom/Sesau