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Foto: Divulgação Planta tem porte médio e apresenta folha de cor verde escuro, sem espinhos nas bordas Planta tem porte médio e apresenta folha de cor verde escuro, sem espinhos nas bordas
  • Produtores baianos já experimentam a variedade

A produção do abacaxi avança com novas pesquisas para o aumento do plantio tocantinense. A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical e a Seagro – Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizam pesquisa com a variedade Abacaxi Imperial. A nova experiência no Tocantins teve início há três anos e está sendo desenvolvida em quatro unidades demonstrativas.

A variedade, já testada no estado da Bahia é resistente à fusariose, doença comum na cultura do abacaxi. As unidades demonstrativas estão localizadas nos municípios de Pedro Afonso, Porto Nacional, Aparecida do Rio Negro e Miracema. A variedade está sendo pesquisada com 2,5 mil mudas.

Segundo o técnico agrícola da Seagro, Fernando Antônio Teixeira, além de ser resistente à fusariose, a planta tem porte médio e apresenta folha de cor verde escuro, sem espinhos nas bordas. “O fruto é cilíndrico, casca e polpa de cor amareladas no período de maturação, com elevado teor de açúcar, acidez moderada e excelente sabor nas análises sensoriais”, explicou Antônio Teixeira.

O plantio do abacaxi imperial dispensa a utilização de fungicidas para controle da fusariose, possibilitando a redução nos custos de produção, além de contribuir para a redução da poluição ambiental e aumento na segurança alimentar.

Fusariose

A elevada incidência da fusariose, doença causada pelo fungo Fusarium subglutinans que pode gerar perdas superiores a 80% da produção.

O controle da fusariose requer a integração de práticas culturais e a aplicação de defensivos químicos. “A utilização de cultivares resistentes à fusariose, como o Imperial, pode contribuir para o aumento da produtividade ao reduzir o custo de produção, pois serão eliminadas de quatro a seis pulverizações com fungicidas para o controle preventivo da doença”, explica Renato Cabral, melhorista responsável pelo desenvolvimento do Imperial.

“A muda infectada é o problema. Uma planta doente vai produzir frutos e mudas doentes. Por isso, é importante retirar todas as mudas doentes da área, queimando ou enterrando, por exemplo”, afirmou Aristoteles Pires Matos, fitopatologista da Embrapa.

O Imperial

Resistente à fusariose, a cultivar Imperial foi desenvolvida pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical durante 20 anos e recomendada em 2003. Dentre suas características, destaca-se a ausência de espinhos nas folhas, o que facilita a colheita e o armazenamento dos frutos.

De casca de cor amarela na maturação, o Imperial pesa em torno de 1,6 kg (incluindo a coroa). Sua polpa é amarela, com elevado teor de açúcares, acidez moderada (em torno de 6,5 % de ácido cítrico) e excelente sabor.

Devido às suas características sensoriais e físico-químicas, os frutos podem ser destinados para o mercado de consumo in natura e para industrialização.

 

Da redação com informações Secom e Embrapa