Subiu para quatro o número de casos confirmados no Tocantins da gripe A (H1N1). A Sesau - Secretaria de Estado da Saúde recebeu do Ministério da Saúde, na noite desta quarta-feira, 10, mais um resultado de exame que confirmou a contaminação.
O paciente é uma criança que teve contato com o grupo de norte americanos que estiveram em Colinas do Tocantins e foram internados no HGP – Hospital Geral de Palmas no início deste mês com sintomas da doença. A criança está internada no hospital juntamente com outra que teve o exame considerado positivo na semana passada.
A primeira criança internada deve receber alta do HGP no próximo final de semana. Já a que teve o resultado positivo recebido ontem, deve permanecer por mais alguns dias internada, juntamente com a mãe.
Segundo a Secretaria da Saúde os pacientes não correm risco de morte e estão sendo observados com a finalidade de prevenção, acompanhamento, tratamento e controle epidemiológico da doença.
Os pacientes estão sendo tratados dentro dos protocolos da OMS – Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde para a Infuenza A. As demais pessoas de Colinas do Tocantins, que também tiveram contato com o grupo de americanos, continuam sendo monitorados pelos serviço de saúde.
A Secretária informa que amparada pela lei, não vai permitir imagens, entrevistas e divulgação de nomes de pacientes suspeitos ou com confirmação da doença.
OMS declara pandemia
A OMS - Organização Mundial da Saúde decidiu nesta quinta-feira, 11, passar do nível 5 para o nível 6, o máximo na escala de alerta, e declarou a existência de uma pandemia (epidemia generalizada) de gripe A (H1N1) conhecida como gripe suína. A última pandemia mundial de gripe foi a do vírus de Hong Kong, em 1968, que matou cerca de 1 milhão de pessoas.
A decisão foi tomada depois que o número de casos aumentou nos Estados Unidos, na Europa, na América do Sul e em outras regiões. De acordo com o mais recente balanço da OMS sobre o assunto, divulgado ontem, foram registrados, em apenas dois dias, 2.449 novos casos da gripe no mundo, sendo 1.283 no Chile, 173 na Austrália, 33 na Argentina e 331 no Canadá.
No Brasil, o número de casos confirmados subiu para 44. De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria dos casos está em São Paulo, que tem 18 infectados, seguido pelo Rio (9), Santa Catarina (8), Tocantins (4), Mato Grosso (2), Distrito Federal, (1) Minas Gerais (1) e Rio Grande do Sul (1). Os EUA são o país mais afetado com 13 mil casos. O México, de onde teria surgido o primeiro caso, tem 5.611 infectados vivos e 106 óbitos. Uma proporção de 2 mortes a cada 100 contaminados.
Casos Suspeitos
São consideradas suspeitas pessoas que apresentarem febre alta de maneira repentina (acima de 38ºC) e tosse, podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações e dificuldade respiratória; Ter apresentado sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos pela Influenza A.
Também são suspeitas quem tiver tido contato próximo, nos últimos 10 dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito. Para o Ministério da Saúde, contato próximo é a pessoa que cuida, convive ou teve contato direto com secreções respiratórias ou fluidos corporais de um caso suspeito.
Influenza A (H1N1): Perguntas e Respostas
(Umberto Salvador Coelho)
Atualizada às 14 horas
