Biólogos da Naturae, empresa contratada pelo Consórcio Estreito Energia para realizar o subprograma ambiental de monitoramento da arara-azul-grande, monitoram na área de influência direta do empreendimento espécimes daquela que é a maior arara do mundo e encontra-se na lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Esta semana, os biólogos iniciaram a 4ª campanha de monitoramento que percorrerá de Estreito (MA) à Goiatins (TO) na tentativa de acompanhar o processo reprodutivo da arara-azul-grande que inicia nesse mês de julho.
O principal objetivo desse programa de monitoramento é a obtenção de informações ecológicas e comportamentais sobre a arara-azul-grande que ocorre na área de abrangência da UHE Estreito, localizada no rio Tocantins, visando gerar subsídios para conservação da espécie.
Além disso, os biólogos irão localizar, marcar e medir os ninhos utilizados por essa espécie; identificar os principais itens alimentares e o comportamento de forrageamento desta ave na região; assim como estudar aspectos da biologia comportamental e sucesso reprodutivo.
“O trabalho consiste em várias frentes de atuação desde a entrevista com moradores que constataram a presença do animal até o registro fotográfico e contagem por avistamento da espécie”, destaca o biólogo responsável pelo programa Ralder Rossi.
Em campanhas passadas, a equipe constatou que vários indivíduos de araras-azuis-grande alimentavam-se dos frutos de palmeira de piaçava, o que confirma-se tal fruto como item alimentar na dieta da população de arara-azul-grande em estudo. “Esse é um trabalho importantíssimo, pois estamos registrando uma espécie rara encontrada na região e que deve ser preservada”, destaca o Gerente de Meio Ambiente do Ceste, Luciano Madeira.
A arara-azul grande é o maior dos psitacídeos (papagaios, periquitos, araras, maritacas, etc) existentes, chegando a medir um metro da ponta do bico à ponta da cauda, com peso de 1,3 kg. Apesar de ser o símbolo do Pantanal matrogrossense, a arara-azul-grande também é localizada nos estados de Tocantins, Pará, Maranhão e região norte da Bahia.
O desmatamento e o comércio ilegal da arara-azul-grande são os motivos que a colocam na lista dos animais ameaçados de extinção. Embora sua compra e venda sejam proibidas sem licença especial, essa ave, por ser tão bonita e colorida, costuma ser procurada por pessoas que querem criá-la em cativeiro
Fonte: Assessoria de Imprensa UHE Estreito