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Representantes do Movimento Pro-Unitins retornaram nesta quarta-feira, 07, a Brasília para tentar obter uma solução para o recredenciamento da Fundação Universidade do Tocantins no Ministério da Educação (MEC). A instituição perdeu o direito de realizar novos vestibulares em 18 de agosto passado. O primeiro encontro aconteceu pela manhã com o deputado federal Osvaldo Reis (PMDB) a quem os professores pediram apoio à decisão do Movimento de resgatar o caráter eminentemente público e gratuito inicialmente concebido para a instituição no início da década de 90.

“É preciso, de fato, fazer com que a Unitins volte a atender a população do Tocantins e assegure a formação superior dos nossos jovens”, avaliou Osvaldo Reis. “Tocantins é um dos poucos estados que não tem uma universidade estadual”, destacou. Segundo o deputado, somente neste ano 239 mil alunos concluirão o ensino médio. “O Estado precisa assegurar o acesso ao ensino superior para o maior número possível de estudantes”, afirmou. Osvaldo Reis se comprometeu em reforçar o pedido de audiência do Movimento com o governador interino Carlos Henrique Gaguim.

Os coordenadores do Movimento Pro-Unitins, Joran Oliveira Barros Júnior e Suely Quixabeira, também encaminharam por escrito à comissão do Senado, formada no último dia 16 de setembro para acompanhar o caso em Brasília, reforço no pedido de audiência com o presidente Lula e com o ministro da Educação, Fernando Haddad. “A solicitação de urgência nas decisões se justifica em razão das incertezas que cotidianamente pairam sobre professores, alunos e servidores da instituição”, escreveram os coordenadores no documento.

Durante a tarde, os professores mantém encontros no Ministério da Educação e no Conselho Nacional de Educação (CNE), onde tramita um recurso contra o descredenciamento da Unitins. “Vamos ver em que situação se encontra esse recurso, apesar de sabermos da dificuldade de acontecer uma reversão no processo”, admitiu o professor Joran Júnior. Segundo ele, no último dia 30, uma assembléia geral do Movimento Pro-Unitins decidiu abandonar o modelo atual de Ensino à Distância com abrangência nacional e resgatar o modelo público e gratuito com atuação apenas no Tocantins.

Os cursos em andamento, que ainda atendem cerca de 48 mil estudantes em todo o país, serão concluídos até o final do 2011. O Movimento Pro-Unitins, que reúne 700 professores, técnicos e servidores da instituição, está preocupado com uma iminente crise financeira. “Muitos alunos vão se formar no final deste ao e, como não há novas matrículas, a arrecadação da Unitins irá sofrer uma drástica queda no próximo semestre”, explicou Joran Júnior. “Tememos que nem será possível custear a folha de pagamento e a estrutura das aulas”, alertou.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa Osvaldo Reis