Tomou posse na manhã desta terça-feira, 20, o novo presidente da Mineratins - Companhia de Mineração do Tocantins, Ítalo Pagano, em substituição a Umberto Costa. A mudança no comando da Companhia é uma das poucas que ainda faltavam ser efetivadas na composição do primeiro escalão do governo de Carlos Henrique Gaguim e a posse ocorreu na sede da Mineratins, com a presença do secretário-chefe da Casa Civil, Antônio Lopes Braga Júnior, do procurador geral do Estado, Haroldo Rastoldo, e dos servidores da empresa.
Com formação acadêmica em Direito, Ítalo Pagano é um dos pioneiros de Palmas, onde vive há 17 anos. Ao assumir a presidência da Mineratins, por escolha direta do governador Gaguim, como afirmou na cerimônia de posse, elogiou o trabalho que vem sendo realizado até agora e conclamou toda a equipe a continuar no esforço conjunto pelo desenvolvimento do setor mineral no Tocantins. “Teremos que realizar em pouco mais de um ano o que seria feito em quatro anos”, afirmou o novo presidente.
A Companhia
Após alguns anos em regime de liquidação judicial, Mineratins foi reativada pelo Governo do Estado em 2005, retomando suas atividades institucionais voltadas para o desenvolvimento da mineração no Tocantins. Dois fatos de grande relevância destacaram-se no cenário da mineração tocantinense no período de 2005 a 2009.
O primeiro diz respeito à realização pela Mineratins, em 2007, de Concorrência Pública e posterior assinatura, com a Votorantim Cimentos, de Contrato de Cessão de Direitos Minerários de sua jazida de calcário em Xambioá, viabilizando, com isto, a implantação da primeira fábrica de cimento e a efetiva realização do maior investimento industrial privado na história do Estado do Tocantins até o presente. As obras encontram-se em suas etapas finais, já tendo sido executada toda a estrutura industrial, restando apenas a conclusão dos fornos. A produção de cimento foi iniciada em março de 2009, utilizando klinker, que é a matéria prima para a produção de cimento portland, procedente de outras unidades da Votorantim Cimentos. O ciclo completo de produção de cimento na própria unidade de Xambioá deverá ter início até o final deste ano, assim que os fornos entrarem em operação. Superior a R$ 200 milhões, o investimento total nesta obra gerou 1.000 postos diretos de trabalho, 700 dos quais ocupados por habitantes de Xambioá e de outros municípios da região norte do estado.
O segundo fato relevante refere-se ao grande interesse despertado pelo Tocantins junto à indústria mineral brasileira. Pela primeira vez na história da mineração nacional o Tocantins ocupou posições tão destacadas como o 7º lugar em 2007 e o 4º lugar em 2008, entre todos os estados da Federação, no quantitativo de áreas requeridas para pesquisa mineral. Refletindo os elevados níveis então vigentes de demanda do mercado mundial por commodities minerais, especialmente ferro, metais básicos e ouro, esse grande interesse por prospecções no Tocantins registrou um pequeno retrocesso em 2009, como consequência da crise econômica internacional, mas sinais do mercado sugerem algum nível de retomada já a partir de 2010.
Fonte: Ascom Mineratins