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Polí­tica

O Tocantins se caracterizou por ser um verdadeiro celeiro de novidades políticas. Algumas surpreendentes e outras escabrosas. Este ano, aconteceu de tudo: vilania, acordos espúrios costurados nos escombros dos bastidores, de fazer o velho Teotônio Segurado se mexer no túmulo. E rasteiras é que não vão faltar em 2010.

Quando muita gente imagina que o governo de coalizão vai manter a unidade para a sucessão do ano que vem, pode acontecer o pior dos desastres político da história tocantinense. Históricos do PMDB, inclusive, podem se debandar para o lado do velho Siqueira. Aí o quiprocuó estará formado. Os afoitos que se cuidem, pois política é a arte da crueldade. Se o processo não for bem conduzido, o cenário muda de uma hora para outra.

Pois se não vejamos: o governador Gaguim insiste que o senador João Ribeiro (PR) é o seu pré-candidato ao governo e já coloca o nome do senador Leomar Quintanilha, secretário de Educação, em evidência para a reeleição. Será que Gaguim quer mesmo isso ou está fazendo jogo de cena para minar ambos? Gaguim não tem mesmo pretensões de ir à reeleição? Ou será que quer se aposentar da política indo para o TCE? Ou ainda deixar o campo aberto para uma disputa pela prefeitura da capital, Palmas, em 2012? Conversas vêm sendo tecidas nesse sentido. São várias hipóteses e muitos riscos.

Pelo que se comenta nos bastidores, a intenção do deputado federal Osvaldo Reis (PMDB) é continuar na presidência do PMDB estadual, cuja eleição está prevista para dezembro próximo e, com isso, postular uma das duas vagas de senador. Nesse caso, um movimento seria gestado para tirar o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) do páreo. Se quiser, João Ribeiro (JR) insistiria na reeleição e seria carta fora do baralho na cabeça de chapa. E se JR perceber que a coisa não anda bem para o seu lado, daria uma guinada de 180º para o lado do velho Siqueira, por entender que o velho o puxaria para a segunda vaga de senador.

Um outro aspecto são os entendimentos que estão sendo articulados entre o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT) e JR. Nesse particular, o deputado Angelo Agnolin, hoje no PDT, entra como um incentivador. Isso porque a sua esposa Edna Agnolin é a vice-prefeita de Palmas e também do PDT. O problema é que o PT, a exemplo do PMDB, também está bem dividido. Mas, por outro lado, JR reconhece que é um direito do Gaguim postular a reeleição.

Agora, esse negócio do Gaguim lançar o Leomar à reeleição pode fazer parte deste processo de jogar Marcelo Miranda para escanteio. No entanto, Quintanilha pode ser apenas uma peça de manipulação nesse processo de boicote a algumas lideranças políticas que podem ameaçar as pretensões do governador Gaguim.

(Gregório de Assis)