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Uma comitiva formada por 12 deputados estaduais do Tocantins visitará as obras da Usina Hidrelétrica de Estreito amanhã, quarta-feira, 25. Na programação está prevista ida ao canteiro de obras e um momento para o Consórcio Estreito Energia (Ceste) apresentar como está conduzido a construção do empreendimento.

O deputado Marcelo Lelis (PV), um dos membros da comissão, ressaltou que irá conhecer o trabalho feito pelo concórcio, mas também buscará falar com os impactados pela usina. “É preciso conhecer os dois lados da história, quero conversar com os ribeirinhos, os atingidos pela barragem, os movimentos sociais”, frisou o deputado.

O objetivo de levar os 12 deputados é conhecer as instalações e averiguar se o Termo de Compromisso firmado entre Ceste e Ibama está sendo cumprido. O autor da idéia da visita na hidrelétrica é o deputado César Halum (PPS). A Comissão é formada pela deputada Josi Nunes (PMDB) e pelos deputados Marcelo Lelis, César Halum, Stalin Bucar (PR), Manoel Queiroz (PPS), Toinho Andrade (DEM), Fábio Martins (PDT), Raimundo Palito (PP), José Geraldo (PTB), Sargento Aragão (PPS).

A UHE Estreito é a maior entre as 45 usinas licitadas entre 1998 e 2002. O empreendimento provocará grandes impactos ambientais e sociais. Movimentos sociais apontam que, além dos ribeirinhos, quilombolas e indígenas serão impactados também. O parque nacional Chapada das Mesas, no município de Carolina (MA) e o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas, em Filadélfia (TO), também estão na área de impacto provocado pela hidrelétrica.

Reivindicações

Representantes de famílias impactadas pela usina estiveram reunidos com o deputado César Halum (DEM) na Assembleia Legislativa no dia 17. Os representantes disseram que o Ceste não reconhece os direitos da maioria dos impactados como, por exemplo, as categorias profissionais de barqueiros, catadeiras de coco babaçu, oleiros, vazanteiros, barraqueiros, pescadores entre outros. Para um dos integrantes do grupo, Dalcivan Coelho, todas essas atividades estão sendo comprometidas em razão da obra. “ Todos esses trabalhadores precisam ser indenizados ou ficarão sem direito a nada. Fizemos várias mobilizações, mas sem êxito”, afirmou.

A usina está localizada na região Norte do Brasil, no rio Tocantins, na divisa dos Estados do Tocantins e Maranhão, nos municípios de Estreito (MA), Aguiarnópolis e Palmeiras do Tocantins (TO). Os municípios diretamente atingidos pelo lago serão: Estreito e Carolina (MA), e Aguiarnópolis, Babaçulândia, Barra do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia, Goiatins, Itapiratins, Palmeirante, Palmeiras do Tocantins e Tupiratins (TO).