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Foto: Divulgação

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Em entrevista exclusiva ao Conexão Tocantins nesta sexta-feira, 27, antes do encontro do governador Carlos Gaguim com os prefeitos, o senador João Ribeiro, pré-candidato ao governo em 2010, disse que Não existe eleição ganha antecipadamente.

Há pouco menos de um ano para o pleito, ele garante que não vai encontrar adversários fáceis, porque “não existe adversário fácil”, numa alusão implícita ao ex-governador Siqueira Campos (PSDB) e à senadora Kátia Abreu(DEM), agora unidos para o pleito do próximo ano. “Os nossos adversários também têm prestígio junto à população”, reconhece o senador. “Mas com esse pacto que fizemos com todos esses partidos que compõem a base governista, mais o presidente Lula e a ministra Dilma, nós venceremos as eleições em 2010”, especula.

JR sustenta que, em momento algum, teria dificuldades em retirar a sua candidatura ao governo, caso o governador Carlos Gaguim esteja melhor nas pesquisas de opinião pública até às vésperas das convenções partidárias. No entanto, ressalva: “Aliás, o governador Gaguim tem manifestado com freqüência o desejo de que eu saia candidato ao governo. Claro que isso ainda vai depender de muitas conversas com os parlamentares e com os partidos. Então, a gente tem que aguardar tudo isso acontecer”.

Confira a entrevista

Conexão Tocantins - Senador, a eleição para o diretório regional do PMDB, prevista para o dia 6 de dezembro, será decisiva para a indicação do candidato da base governista à sucessão estadual do próximo ano?

João Ribeiro - Eu não tenho dúvida de que essa eleição que acontecerá no dia seis de dezembro será muito importante para essa consolidação dos partidos da base governista, já que o PMDB é o maior partido do Estado e do Brasil, joga um papel extremamente importante em nível nacional, tem o maior número de parlamentares e prefeitos e aqui no Tocantins também não poderia ser diferente. Então, a gente tem que aguardar essa eleição do dia 6 e, particularmente, eu estou articulando, mas não estou com pressa. Acho que as coisas têm que acontecer de forma madura. Tenho um excelente relacionamento com o PMDB, sobretudo com o deputado Osvaldo Reis e, pelo que vejo, será reeleito presidente do diretório estadual.

CT- O senhor acha que as duas alas peemedebistas podem chegar a um consenso até o próximo dia 6?

JR - Eu tenho a impressão que sim. É importante. Se não chegarem a um consenso e tiver que haver a disputa, aquele que for o vencedor abrace aquele que perdeu. Numa disputa interna de partido não pode haver vencedor nem perdedor.

CT- E as articulações com o PT em apoio à sua candidatura, como andam?

JR - Olha, eu tenho um excelente relacionamento com o Donizeti Nogueira, presidente reeleito do diretório estadual do PT, também com o prefeito Raul Filho, com o José Santana (prefeito de Colinas), com o Célio Moura (ex-candidato a prefeito de Araguaína), que são os históricos do Partido dos Trabalhadores aqui no Estado. Portanto, não vejo maiores problemas. É claro que o partido tem uma candidatura colocada, a do prefeito Raul, para ser avaliada, uma candidatura forte, porque se trata de uma liderança muito importante, mas eu tenho um excelente relacionamento com ele e sei que nós vamos chegar a um entendimento e vamos estar juntos nas eleições de 2010. Precisamos estar todos juntos, para enfrentarmos os nossos adversários. Pelo que vejo, o PSDB e o DEM estão se unindo e vamos ver que vem como candidato pra gente poder disputar a eleição do ano que vem. Portanto, espero que o PT junto com os outros partidos que já fazem parte da coalizão – e o PT é da coalizão – estejam todos juntos para que possamos discutir esse processo, sem que haja rachaduras e sairmos unidos para enfrentar as urnas.

CT- O senhor não acha que as pesquisas de opinião é que devem definir o candidato governista?

JR - Não tenho dúvida que as pesquisas serão muito importantes. Já estamos fazendo pesquisas internas (não quis comentar números), e a gente vai ficar medindo isso de tempo em tempo pra ver como está a evolução do quadro, no Estado como um todo. Eu sei que a base do governador Gaguim tem uma vantagem muito grande. Com essa quantidade de deputados estaduais, agora com o Cacildo Vasconcelos (PP) somando e o Raimundo Moreira (PSDB) também apoiando o governador Gaguim, embora não tenham definido quanto à candidatura para o governo. Agora são 21 deputados estaduais e mais de cem prefeitos, podendo chegar a 120, 125, nos apoiando para as eleições de 2010, além de representantes de entidades classistas, vereadores e ex-prefeitos, além de dois importantes cabos eleitorais, que são o governador Gaguim e o presidente Lula. Aliás, o governador está fazendo um excelente trabalho e vai crescer política e eleitoralmente ainda mais, pois está tomando decisões saneadoras. Qualquer pesquisa de opinião pública que se fizer hoje 43% da população diz que vota no candidato indicado pelo presidente Lula para o governo do Tocantins, 28% poderá votar, apenas 13% não votaria e o restante não sabe ou não respondeu. Então, o prestígio do presidente Lula será decisivo aqui pra nossa eleição, ele que vem com a ministra Dilma Roussef como candidata a presidente da República, que está crescendo nas pesquisas de opinião pública. A partir do momento em que o presidente Lula pegar no seu braço (da ministra) e dizer “essa é minha candidata”, tenho certeza de que a população brasileira vai atender ao presidente Lula. Então, a presença dele aqui nos apoiando será muito importante. Por isso que é importante nós da base estejamos todos unidos, inclusive o PT.

CT- Com essa aliança preconizada, o senhor acredita que a eleição será fácil?

JR - Não existe eleição ganha antecipadamente, eleição fácil. Há pouco menos de um ano para o pleito, ainda tem muita água pra passar por debaixo da ponte. Não vamos encontrar adversários fáceis, porque não existe adversário fácil. Os nossos adversários também têm prestígio junto à população, mas esse pacto que fizemos com todos esses partidos que compõem a base governista, mais o presidente Lula e a ministra Dilma, nós venceremos as eleições em 2010.

CT- Senador, e se o governador Gaguim estiver bem nas pesquisas até às vésperas das convenções partidárias o senhor pode refluir da idéia de ser candidato ao governo?

JR - Ele já afirmou constantemente que não deseja sair candidato. E se essa é uma decisão do governador. Mas, em momento algum, teria qualquer tipo de dificuldade (de postular a candidatura ao governo e sair à reeleição de senador). Aliás, o governador Gaguim tem manifestado com freqüência o desejo de que eu saia candidato ao governo. Claro que isso ainda vai depender de muitas conversas com os parlamentares e com os partidos. Então, a gente tem que aguardar tudo isso acontecer. Mas o governador joga um peso muito grande nas eleições do ano que vem, é a figura maior da política tocantinense hoje e tem prestígio junto à população. Vai continuar crescendo e, com isso, nos ajudará mais ainda.