Aconteceu na tarde desta quarta-feira, 3, uma reunião entre o governo do Estado do Tocantins, deputados estaduais e representantes do Sintet - Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Tocantins. Na ocasião estiveram presentes alem dos deputados, o senador licenciado e secretário da Educação, Leomar Quintanilha, Antônio Lopes Braga Junior, da Casa Civil da Governadoria, Marcelo Olímpio, da Secretaria da Fazenda, além do presidente do Sintet, Roque Santiago e demais representantes do sindicato.
A reunião foi aberta pelo presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Coimbra (PMDB), dizendo ser um momento histórico no Tocantins, "uma vez que sentam à mesa todos os segmentos de categoria”, disse. Coimbra firmou a vontade de se chegar a um acordo com os representantes do Sintet, mas ressaltou a necessidade de se fechar este acordo com responsabilidade. Para o parlamentar, “não adianta nada dar reajuste e voltar atrás no dia seguinte, como já fizemos no passado”.
Posicionamento Sintet
Um dos principais objetivos da reunião foi discutir o destino dos recursos estaduais destinados à educação. De acordo com o secretário da casa civil, Antônio Braga Júnior, o valor desse orçamento supera os R$ 740 milhões, sendo parte deste valor destinado ao pagamento de pessoal. Em cima destes valores, o sindicato reivindica que o pagamento de pessoal aumente em 25%, além da revisão do Plano de Cargos, Carreiras e salários- PCCS. O governo, porém, oferece um aumento real de 14,4%, aumentando o gasto com pessoal para 82% do orçamento anual para a educação.
O presidente do Sintet, ressaltou que a luta dos servidores vem desde o ano de 2007 e disse que a educação deve ser prioridade independente do modelo de governo em vigência. O presidente avisou ainda que no dia 16 de março o sindicato nacional irá convocar uma paralisação dos servidores de todo o país, “em defesa do piso e dos servidores de carreira”, completou Santiago.
Os representantes do governo do Estado amenizaram a situação. Durante os pronunciamentos da reunião, o Secretário Estadual da Educação, Leomar Quintanilha, afirmou que a educação é, sim, prioridade no governo de Carlos Gaguim (PMDB), mas, segundo o próprio secretário, “existem outras” prioridades. De acordo com Quintanilha, o governo pretende atuar em dois vetores: valorização dos profissionais e melhoria na condição de trabalho.
Impasse
Após uma pequena pausa para discussão, os sindicalistas decidiram não aceitar os valores oferecidos pelo governo. De acordo com o presidente Santiago, o próximo passo é a criação de uma comissão permanente de negociação para poder agir junto ao governo e conseguir chegar a um acordo com relação aos valores. O presidente reforçou, em entrevista coletiva, que, caso esses valores não sejam acertados, “podemos entrar em greve”.
Após a reunião com o Sintet, os parlamentares se reuniram a portas fechadas para definir os rumos da negociação com os sindicalistas.