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Os servidores da Justiça do Tocantins decidiram em assembleia na tarde desta terça-feira, 06, por ampla maioria dar continuidade à greve da categoria.

Ontem o desembargador Marco Antony Villas Boas, cassou a liminar que havia decretado a ilegalidade da greve e o presidente do Sindicato dos Sevidores do Poder Judiciário do Tocantins (Sinjusto), José Carlos Pereira, durante entrevista ao Conexão Tocantins, afirmou que na assembleia seria avaliado o peso da decisão do desembargador que propriciou ao movimento a retomada da legalidade.

A presidente do Tribunal de Justiça, Willamara Leila, lamentou a decisão dos servidores de manter a greve em algumas Comarcas do Estado, apesar de o Tribunal ter feito uma nova proposta à categoria momentos antes da assembleia.

Segundo a desembargadora, foi apresentada a proposta de 5% de progressão retroativos a janeiro de 2010 e mais o percentual correspondente à data-base, que pode chegar até 7%, o que representaria um aumento real nos salários de 12%, de imediato. Além da revisão do Plano de Cargos e Salários com a participação do Sindicato.

Willamara Leila estranhou o fato de líderes do movimento terem citado um estudo interno do Tribunal que trata de um antigo reajuste para os servidores de 2ª. Entrância. “Este documento será submetido à apreciação do pleno, com um amplo debate, com a participação dos próprios servidores, e não reflete, necessariamente, a vontade da presidência”, esclareceu a desembargadora.

Segundo Willamara Leila, 17 das 42 Comarcas já retomaram as atividades normais, integralmente e outras funcionam parcialmente. “Percebemos que muitos servidores apostam no diálogo e querem voltar ao trabalho, mas não estão tendo acesso às informações que estamos repassando ao sindicato”, explicou.

“Queremos ter a oportunidade de mostrar de forma transparente, nossas intenções aos Servidores em assembleias verdadeiramente representativas, sem que as nossas propostas sejam distorcidas”, reclamou a presidente. Nos últimos dois dias, a desembargadora recebeu por duas vezes os representantes do Sinjusto, quando foram informados que o relatório da Comissão que Estuda as Reivindicações seria submetido aos demais desembargadores e apresentada a contraproposta que pode gerar até 12% de aumento real. “Considerando que no ano passado concedemos outros 12%, teríamos então 24% de aumento real num prazo de 12 meses”, ponderou a presidente.

Da redação com informações Ascom TJ-TO