Nos três últimos meses (abril, maio e junho) deste ano, a Coordenação da Mulher, Direitos Humanos e Equidades, da Prefeitura de Palmas, registrou o atendimento a 54 mulheres no Centro de Referência Flor de Lis às Mulheres Vítimas de Violência. No mesmo período o Casa Abrigo abrigou 5 mulheres e 14 crianças, que estavam em situação de risco à vida ou ameaça. Os números representam um crescimento de 30% em relação ao mesmo período de 2009.
Para a coordenadora da Mulher, Direitos Humanos e Equidade, Rosimar Mendes, o aumento significa a melhoria na concepção feminina de seus próprios direitos. "As mulheres cada vez mais lutam por seus direitos de cidadania e não toleram mais a violência, por isso procuram a Delegacia da Mulher e a rede de atendimento. O silêncio ainda é a maior fraqueza das mulheres, mas esse dado está mudando”, destacou.
Dos 54 atendimentos a maior demanda foi para os serviços de advogado, mas houve também buscas nas áreas social e psicológica.
Esse entendimento melhora a eficácia dos serviços de proteção à mulher, já que estudos, como o Mapa da Violência no Brasil 2010, do Instituto Zangari, apontou que em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. O estudo foi feito entre os anos de 1997 e 2007, e teve como base o banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus). No período 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio - índice de 4,2 assassinadas por 100 mil habitantes.
Direitos Humanos
No mesmo período o Centro de Referência em Direitos Humanos e Combate à Homofobia de Palmas – única instituição do gênero na região norte do País - efetivou o atendimento a 20 pessoas, sendo a maioria para assessoria jurídica.
De acordo com Silvanio Lira, coordenador do Centro, está aumentado também a demanda de idosos que denunciam abusos e violência.
Fonte: Ascop