Integrando a programação do projeto ALDEIA CAPIM DOURADO 2010, a peça O ALIENISTA, do Grupo Nu Escuro estará em Palmas dias 09 e 10 de outubro, sábado e domingo, às 20 hs, no TEATRO DO SESC, em programação inteiramente gratuita.
Premiado pelo Ministério da Cultura/FUNARTE , o Grupo, considerado um dos mais importantes do Brasil Central está excursionando pela região Norte do país com o interesse maior de contribuir para o intercâmbio cultural e artístico das artes cênicas.
Convidado pelo SESC Tocantins, o Grupo volta a Palmas após ter participado do Festival de Inverno de Taquaruçu, versão 2009. Com produção da USINA DE INVENÇÕES CULTURAIS, o Grupo, além do espetáculo estará realizando Oficina para atores e artistas de Palmas, sempre gratuitamente.
No espetáculo O ALIENISTA a Cia de Teatro Nu Escuro investiu um novo desafio transpondo a literatura para o palco o conto de mesmo nome do autor Machado de Assis. Primeiro pelo amplo sentido questionador desta obra, debatendo o que a sociedade rotula sobre o que é normalidade, o que está fora do padrão e como deve ser tratada essa marginalidade. E estes questionamentos são potencializados, neste novo milênio, por uma forte indústria cultural massificante e, também, com uma indústria farmacêutica gananciosa, onde até as sensíveis nuanças de comportamentos são passives de tratamentos químicos. Segundo pelas possibilidades transgressoras e singulares que esta montagem pode se transformar visualmente no palco, com a ironia, irreverência e inteligência do texto e as possibilidades estéticas que podem ser criadas a partir do tema “Loucura”.
Além disto, a dramaturgia coloca em confronto o a visão cientifica de Simão Bacamarte (personagem central de “O Alienista”) com o ponto de vista da Loucura sobre ela mesma, com os textos de Erasmo de Roterdan, produzindo um contraponto e procurando um dialogo singular e questionador sobre a patologia cerebral e, principalmente, os valores morais da sociedade. E os fragmentos dos textos do “Elogio da Loucura” ganharão uma dimensão única na voz do diretor de teatro Hugo Rodas, que por si só já nos remete uma visão particular sobre a loucura dos seres humanos, com seus antagonismos e contradições.
A proposta de direção desta montagem foi de utilizar o texto do Machado de Assis como um provocador do trabalho de criação dos atores, buscando produzir um caleidoscópio de informações visuais e verbais em um ritmo inquieto e instigante, onde a qualquer momento o público possa ser surpreendido por estas provocações. A encenação se apóia na força, no vigor e na ironia da palavra no texto machadiano para se desdobrar em cenas que permeiam o discurso conceitual da obra e não somente na narrativa de uma historia.
Fonte: Assessoria de Imprensa/ Grupo Nu Escuro