Na manhã desta quarta-feira, 20, na Assembleia Legislativa, um fato causou mal estar entre o presidente da Casa, deputado Junior Coimbra (PMDB) e o advogado que representa os funcionários da Assembleia Legislativa, Vasco Pinheiro.
De acordo com o advogado, em entrevista ao Conexão Tocantins, ao tentar uma reunião com o deputado, para tratar de reajuste salarial referente à perda de valores causada pela criação da Unidade Real de Valor (URV) em 1994, ele teria sido agredido verbalmente pelo presidente, que também teria tentado agredi-lo fisicamente.
Segundo informações do advogado, estavam presentes no local duas testemunhas que não quiseram se identificar.
O advogado Vasco Pinheiro falou ao Conexão Tocantins que só não foi agredido fisicamente pelo deputado porque este último foi contido por outros parlamentares. “Eu fui lá representar os meus constituídos que são servidores da Casa e não aceito aquele tratamento”, afirmou.
Segundo o advogado, o presidente da Casa teria também o agredido verbalmente e inclusive criticando sua profissão. Pinheiro já conversou com o presidente da ordem dos Advogados do Brasil, seccional Tocantins, Ercílio Bezerra e afirmou ter ganhado o apoio do presidente na causa.
“Vou entrar com um pedido de nota de desagravo no conselho da Ordem dos Advogados pedindo retratação com relação ao tratamento que o presidente me deu. Ele não respeitou minha profissão, pois eu ali representava a Ordem dos Advogados”, afirmou. O advogado salientou ainda que pretende entrar também com uma ação contra o comportamento do presidente.
“Ele me agrediu moralmente e só não foi fisicamente porque foi contido”, completou. Na versão do advogado Coimbra teria dito ainda que deixaria o problema para o próximo presidente resolver.
O caso
Em entrevista ao Conexão Tocantins, uma das testemunhas presentes no local, deputado estadual, que preferiu não se identificar, classificou o acontecido como “um fato lamentável”. Segundo o deputado, ele foi procurado pelo advogado que queria marcar uma reunião com o presidente da Assembleia, para tratar do reajuste reivindicado pelos servidores da Casa. “Eu fui procurado por ele para levá-lo até o presidente para discutir à respeito das verbas da URV. Quando eles não se entenderam, eu procurei pedir ao doutor Vasco para que ele me acompanhasse”, completou.
Júnior Coimbra se defende
Já o presidente da Casa procurou minimizar o caso e afirmou que não houve agressão alguma ao advogado que representava os servidores da AL. “O que existiu foi uma discussão”, informou.
Coimbra ainda afirmou que não pode atender o advogado, pois tinha um compromisso naquele momento e não poderia atender o advogado. “Ele chegou pela manhã e eu disse que o atenderia a tarde, mas ele continuou insistindo”, afirmou.
Sobre o caso, o deputado alegou que somente procurou se defender. O deputado, em tom exasperado afirmou que também teria sido agredido pelo advogado. “Se eu agredi ele, ele também me agrediu”, ressaltou.
Quando informado de que o advogado iria entrar com uma ação na Ordem dos Advogados do Brasil, o deputado foi enfático: “Eu vou me defender”.