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Polí­tica

Deputados estaduais da oposição – reeleitos e eleitos - reunidos na sexta-feira, 14, demonstraram todo seu descontentamento ao repudiarem de forma veemente a decisão do governo de exonerar em massa os servidores comissionados. A decisão foi classificada de “uma ação meramente política”, “um absurdo”, “um ato truculento”, “uma injustiça” e “uma falta de respeito”, A Portaria, nº 10, da Secretaria da Administração do Governo do Tocantins, foi editada na última quarta-feira, 12. Solidários, os deputados prometeram, entre outras medidas, recorrer à Justiça.

Participaram da reunião, os deputados estaduais Júnior Coimbra (PMDB), eleito deputado federal; Josi Nunes (PMDB), Solange Duailibe (PT) e Iderval Silva (PMDB), estes reeleitos; e os eleitos Sargento Aragão (PPS), José Augusto Pugliese (PMDB) e Vilmar do Detran (PMDB). Outros deputados: Sandoval Cardoso (PMDB), Stalin Bucar (PSDB), Eduardo do Dertins (PPS), Manoel Queiroz (PPS) e Wanderlei Barbosa (PSB) não participaram diretamente da reunião mas por telefone concordaram com o pensamento do grupo.

Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júnior Coimbra, é um absurdo o que o governo vem fazendo. A ação foi meramente política. “Ele (governador Siqueira Campos) tentou exonerar os servidores comissionados de imediato, através de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF). Não conseguiu. O STF deu um prazo para o governo fazer uma readequação: tirar os comissionados e colocar no lugar deles concursados. Mas numa só canetada, em pouco mais de 10 dias de governo, ele atinge cerca de 16 mil famílias. Deixando todas, agora, em situação de calamidade”. A oposição, segundo Coimbra, não vai ficar parada: “Vamos reagir e tomar as medidas cabíveis para defender esses tocantinenses”.

Na avaliação do deputado eleito, Sargento Aragão, a juventude do Tocantins agora está sabendo quem foi o Siquerido da campanha e quem é, de fato, agora, o governador José Wilson Siqueira Campos. E isso, a juventude não conhecia. Por isso, votou nele. Mas passa a saber, agora, como ele é, na verdade. Em 2001, os policiais militares, sem matar, sem roubar e sem estuprar, foram extirpados dos quartéis a mando dele. Essa atitude, muita gente já conhecia, porém a juventude do estado do Tocantins ainda não sabia de fato, agora passa a conhecê-la. Mas não se surpreendam ou se assustem, pois deve vir coisa pior! Mas nós vamos combatê-lo veementemente, de todas as formas, na Justiça”.

“É um ato truculento”, classificou o deputado Iderval Silva. Na opinião dele, o que houve foi uma demonstração de falta de respeito para com o trabalhador tocantinense. “Nossa bancada vai ver o que está errado”, prometeu. A deputada Solange Duailibe lamentou a postura do governo. “Quero que o governo reveja essa posição. Isso não é justo. É um desrespeito à família tocantinense”, disse ela.

“Não passa de uma ação cruel de quem prometeu na campanha que não ia ter exoneração e hoje essa exoneração se concretiza”, disse a reeleita deputada Josi Nunes. Para ela, está se criando um caos pessoal, um caos na economia, um caos social. “Essa Portaria é irregular”, diz ela.

Josi Nunes garante que alguns pontos justificados pelo secretário da Administração, Lúcio Mascarenhas, podem ser contestado de imediato. Por exemplo: o STF não mandou demitir; deu um prazo de 12 meses ao governo para fazer a substituição por concursados, prazo que só termina em junho; o orçamento existe, o governo dispõe de 1/12 avos do orçamento que já está na Assembleia. “O governo Gaguim pagou três folhas em dezembro. O governador Siqueira Campos não pode pagar uma folha em janeiro?”, questiona a parlamentar. Além disso, o secretário dá sinais de que haverá contratações temporárias.

“O que o povo espera de um governante que vem falando em modernidade é o desenvolvimento e a criação de novas oportunidades e não a decisão de deixar milhares de pessoas a ver navios, sem nenhuma segurança ou previsibilidade de futuro”, disse o deputado eleito, José Augusto Pugliese. “Nós, do PMDB e da oposição, vamos à Justiça defender os direitos daqueles que estavam trabalhando”.

Para o deputado eleito, Vilmar do Detran a medida tomada pelo governo foi uma completa falta de respeito aos trabalhadores. “O lamentável é que essa ação seja meramente política”, completou. Agora como gestor do nosso estado e com a caneta na mão deixa milhares sem saber o que fazer da vida.