A divisão de opiniões no Partido dos Trabalhadores predominou em torno da discussão da composição com o grupo do governador Siqueira Campos (PSDB) na Assembleia Legislativa.
O que para o presidente regional, Donizeti Nogueira é normal para outros membros é uma atitude descabida por parte do partido no que diz respeito a apoiar um grupo ao qual o partido sempre foi oposição.
“É só uma composição para uma eleição depois o PT continuará cumprindo seu papel de oposição”, frisou Nogueira no último sábado após reunião do diretório estadual.
Até Paulo Mourão que foi candidato ao Senado e que já teceu duras críticas ao grupo Siqueirista e chegou a falar inclusive em “ditadura Siqueirana” comentou ao Conexão Tocantins que viu a decisão como normal.
“O PT não corrompe sua ideologia e continuará com seu papel. Não é uma composição que vai mudar o histórico do partido”, salientou o ex-candidato ao Senado.
Já lideranças como os vereadores Milton Neris e Ivory de Lyra questionaram os motivos de uma aliança com o grupo do governador. “Foi só o governador se eleger para o partido apoiar?”, questionou Neris.
Estratégia para desempate
Com o partido dividido e, dentre outros, impasses de ordem pessoal entre alguns membros, a legenda corre risco de perder a chance de eleger a presidência da Casa de Leis.
Solange Duailibe continua como candidata da oposição e os outros dois deputados Amália Santana e José Roberto Forzani afirmam que seguirão a decisão partidária de apoiar Raimundo Moreira (PSDB).
Com a resistência de Solange em recuar com sua candidatura e seguir a orientação do partido, Amália e José Roberto devem ser candidatos à mesa diretora concorrendo à primeira e quarta secretarias, respectivamente com risco de perder a disputa já que os candidatos do outro grupo tem mais mandatos que eles e pelo regimento interno da Casa este é um critério de desempate na disputa.
Stalin Bucar (PR) deve ser o indicado para a primeira secretaria da Casa e o deputado do PPS Manoel Queiroz para a quarta secretaria pelo grupo da oposição.
Para a vice-presidência no grupo de Siqueira, Freire Júnior (PSDB) afirmou que é o candidato e deve concorrer com Eli Borges (PMDB), também com mais mandatos que o tucano.
O grupo da oposição já trabalha com a alternativa de perder a presidência para Moreira mas eleger os outros cargos da mesa pelo critério de desempate.
As chapas completas devem ser anunciadas pouco antes da sessão e a votação acontecerá de forma secreta e por cargos na mesa diretora.
Confira os nomes nas chapas provisórias:
Oposição:
Candidata a presidente: Solange Duailibe (PT)
Vice-presidente indicado: Eli Borges (PMDB)
Primeira-secretaria: Stálin Bucar
Quarta-secretaria: Manoel Queiroz
Governistas:
Candidato a presidente: Raimundo Moreira (PSDB)
Vice-presidente indicado: Freire Júnior (PSDB)
Primeira secretaria : Luana Ribeiro (cotado)