Em entrevista concedida após o término da reunião entre os deputados e a comissão de servidores da Assembleia Legislativa, o deputado Raimundo Moreira (PSDB), presidente da Casa, frisou que, mesmo com a ameaça de paralisação dos servidores, os deputados pretendem votar o corte nos 20% da gratificação por produtividade.
Moreira destacou, no entanto, que caso seja apresentada proposta aos parlamentares, que contrariem os cálculos feitos pelos técnicos dos deputados, a decisão poderá ser revista em plenário. “Se a proposta for apresentada, nós reavaliaremos nossa posição”, completou.
O presidente da AL, no entanto, reafirmou a intenção do parlamento em reduzir os gastos da Casa, principalmente com a folha de pagamento que, de acordo com Moreira, ocupa quase a metade do orçamento anual do Legislativo estadual. “A Lei de Responsabilidade Fiscal não nos permite manter esses gastos. Nós vamos votar pela retirada das gratificações com o compromisso de retorná-las assim que a situação permitir”, informou.
Contraproposta do sindicato
Já o presidente do Sindicato dos Servidores do Legislativo do Estado (Sindilegis), Adilson Cruz frisou que o sindicato irá consultar os técnicos da Casa para que os cálculos sejam revistos e a proposta elaborada para apresentar aos deputados. De acordo com ele, “vamos apresentar algo que possa convencer os deputados a retirar o corte”.
Sobre uma possibilidade de greve dos servidores da Assembleia, o presidente do Sindilegis frisou que ainda é precipitado falar. “Ainda vamos conversar e, provavelmente amanhã iremos nos reunir em assembleia para definir”, disse.
Entenda
O corte nos 20% nas gratificações por produtividade proposto pelos deputados e apresentado pelo presidente da Casa faz parte do plano de contenção de gastos para adequar a Assembleia à Lei de Responsabilidade Fiscal. A medida tem sido tomado por todas as entidades do poder público tocantinense.
O presidente da Assembleia, já havia informado ao Conexão Tocantins na tarde de ontem que, com essas medidas de corte de gastos, a Casa de Leis irá economizar até R$ 1 milhão por mês.