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Polí­tica

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), uma das mais ativas parlamentares da oposição, usou a tribuna do Senado ontem à noite para fazer elogios à política de ajuste fiscal do governo e à decisão da presidente Dilma Rousseff de fixar o salário mínimo em R$ 545. O DEM queria R$ 560.

Kátia subiu à tribuna em nome da liderança do partido, sob o argumento de que criticaria a medida provisória que capitaliza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas acabou por fazer tantos elogios ao governo que mais parecia uma senadora da base aliada.

Kátia começou por justificar sua decisão de apoiar os R$ 545 para o mínimo e não o que indicavam seu partido e a oposição. "A presidente (Dilma Rousseff) apresentou um salário possível, compatível com a realidade atual, anunciou um corte de despesas significativo, de R$ 50 bilhões", disse a senadora, para surpresa de todos, governo e oposição.

E continuou: "Os economistas, inclusive, indicam que deveria ser de R$ 60 bilhões e que, ainda assim, deveríamos subir 1% a taxa de juros, não por gosto, mas pela necessidade por que o País está passando neste momento". Ela disse que votará a favor de qualquer medida, por mais impopular que seja, desde que vise o ajuste fiscal e mesmo que contrarie seu partido: "Cumpri a minha palavra. Deixei de votar com o meu partido. Votei com o Brasil, votei contra a inflação".

Fonte: Agência Estado