Devido o aumento do fluxo migratório entre o Haiti (país com epidemia de cólera) e o Brasil, e seguindo orientações do Ministério da Saúde, a Sesau – Secretaria de Estado da Saúde por meio do Cievs – Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde se reuniram na manhã desta segunda-feira, 14, no Auditório do anexo I da Sesau, para uma reunião sobre a elaboração do Plano de Contingência para o Enfrentamento da Cólera no Tocantins.
O Brasil é área indene para cólera. Os últimos casos ocorreram em 2005, no interior de Pernambuco. Após o início da epidemia de cólera no Haiti (outubro de 2010), foram notificados 08 casos suspeitos da doença no Brasil. Destes, 04 em militares e 04 em civis, sendo que do total somente 37,5% são egressos de missão no Haiti. Mas após critério laboratorial, todos os 08 casos foram descartados.
Para o coordenador do Cievs, Cláudio Nogueira Teixeira, “a elaboração deste Plano é de extrema importância, apesar do Brasil não ter registrado nenhum caso confirmado da doença, até o momento”, afirmou.
Segundo o Guia de Vigilância Epidemiológica, disponível no site www.saude.gov.br/svs, o caso suspeito de cólera, será quando o doente for um migrante (estrangeiro ou brasileiro) proveniente de área afetada.
Na ocasião, ficou acordado que as áreas técnicas deverão apresentar seus Planos com as estratégias a serem utilizadas na prevenção e no enfrentamento de possíveis casos de cólera, no próximo encontro, que deverá acontecer no dia 11 de abril.
Participaram da reunião, técnicos das áreas de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde, Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis, Vigilância Sanitária, Vigilância Ambiental, Lacen e Assessoria de Comunicação, todos da Sesau-TO.
Cólera
É uma doença infecciosa intestinal aguda, causada pela enterotoxina do Vibrio Cholerae. Pode se apresentar de forma grave, com diarréia aquosa e profusa (abundante), com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras. Esse quadro se não tratado prontamente, pode evoluir para desidratação, acidose e colapso circulatório (anormalidade circulatória), com choque hipovolêmico e insuficiência renal, porém, freqüentemente, a infecção é assintomática (sem sintomas) ou oligossintomática (alguns sintomas), com diarréia leve.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Sesau