Os servidores municipais lotaram nesta terça-feira, 17, o plenário
da Câmara Municipal de Palmas, e conseguiram o apoio dos vereadores para
levar ao prefeito Raul Filho (PT) a reivindicação de aumento de 41,87% e
um plano de cargos e salários.
Temos de buscar uma forma de abrir o diálogo com o prefeito Raul Filho (PT),
para que ele possa atender parte das reivindicações e, também, deixar para as
próximas gestões uma espécie de acordo para garantir outros benefícios aos
servidores, ponderou o vereador Lúcio Campelo (PR). “Aqui, não tem
nenhum vereador contra o aumento, mas quem decide é o prefeito”, disse.
Os funcionários reivindicam 41,87% de aumento, tendo em vista que Raul Filho concedeu reajuste a 147 pessoas com nível universitário e não beneficiou os outros 6.150 efetivos do município. Disse, ainda, que se os servidores quisessem poderiam sair da Casa naquele momento, para conversar com o prefeito. “Vamos juntar forças, dar as mãos e resolver a questão”, propôs.
O vereador Carlos Braga (PMDB), ao se dirigir aos servidores,
afirmou ter certeza de que Raul Filho vai ouvi-los. “Só ele (prefeito) pode
mandar projeto de lei à Câmara”, explicou o vereador.
O vereador Aurismar Cavalcante (PP) lembrou seu trabalho em prol da
estabelecimento de um plano de cargos e salários para os servidores da Saúde,
que já está em vigor. Paciência e entendimento foram as propostas do
parlamentar para atender os demais servidores. “Meu discurso sempre foi que
pagando bem o funcionário público o cidadão terá um serviço de qualidade.” Colocou-se
à disposição para auxiliar os funcionários em tudo o que for necessário.
Um programa habitacional para os servidores que moram de aluguel e tem
renda até três salários mínimos. Foi o que propôs o vereador Bismarque do
Movimento (PT), citando diversas conquistas das entidades ligadas aos sem
teto. Há, inclusive, áreas já escolhidas para a construção das casas, informou
o parlamentar.
Drogas
O vereador Milton Neris (PT) voltou a falar sobre o tráfico de drogas na
Capital. “Quem vive com o problema sabe que não é fácil.” Apresentou
levantamento mostrando que as apreensões, ano passado, não chegaram a 12
quilos. Este ano, de janeiro a 9 de maio, foram mais de 13 quilos.
Neris citou matéria publicada num jornal local, informando que Palmas
tem mais de 600 pontos de distribuição. “Isso está se alastrando e destruindo a
nossa família”, ressaltou. Na mesma notícia, uma autoridade policial admitiu
que os traficantes estão tomando conta da cidade.
“É preciso tolerância zero com os traficantes”, disse Neris, usando como
exemplo a ação da Força de Segurança Nacional e da polícia carioca, que acabou
com o tráfico em diversos morros do Rio de Janeiro. Para ele, o governador
Siqueira Campos (PSDB) deveria chamar o Exército, a polícia e quem for
necessário para fechar os pontos de tráfico e acabar com as bocas de fumo.
Em aparte, o presidente da Câmara, Ivory de Lira (PT), informou que o
problema será discutido em audiência pública, em 14 de junho, com a presença de
representantes de todas as corporações policiais, incluindo a Polícia Federal.
“É necessária uma ação urgente no Estado”, ressaltou Ivory.
A necessidade de desenvolver políticas públicas para combater o tráfico de
drogas foi destacada pelo vereador Norton Rubens (PRB). O vereador José
do Lago Folha Filho (PTN) defendeu o seu Projeto de Lei que prevê
toque de recolher para os jovens menores de 18 anos, pois vê a proposta como
uma forma de combater o consumo de drogas.
A vereadora Divina Márcia (PTN) defendeu a prevenção para evitar que o
consumo de drogas continue se alastrando na cidade e no Estado.
Transporte coletivo
Ao falar sobre a possibilidade de os motoristas de ônibus da Capital
entrarem em greve, por reajuste salarial, o vereador Carlos Braga (PMDB)
lamentou que a Câmara tenha ficado à parte na hora de estudar as planilhas e
definir os aumentos da passagem do transporte coletivo.
“Sabemos que o preço do combustível tem oscilado. O que não podemos é ficar
alheios em relação às planilhas, já que Seturb alega não poder dar aumento aos
motoristas se não houver reajuste da tarifa”, disse Carlos Braga. “Temos de
resolver a questão, antes que ocorra a greve”.
Fonte: Assessoria de Imprensa Câmara de Palmas