Depois de questionado pelos deputados na Assembleia Legislativa na Audiência da Segurança Pública, na tarde desta terça-feira, 28, o secretário da Segurança, Cidadania e Justiça, João Costa Ribeiro Filho frisou que irá solicitar à justiça que rompa o segredo que corre o inquérito da Operação Inconfidente.
De acordo com o secretário, é crucial que as informações sejam publicadas para que a população tenha acesso às provas e aos passos da investigação. “Eu vou requerer ao delegado, à justiça, que rompa o segredo de justiça para que a população, a imprensa tenha acesso às informações, que são provas documentais e são muitas”, disse.
Afastamento dos delegados
O secretário ainda destacou que os delegados não foram afastados das investigações da Operação Inconfidente. João Costa frisou que tanto Adriano Carrasco quanto Celina Borges continuam à frente do inquérito, mas sem presidi-lo. “O inquérito segue com três delegados e em um inquérito em que existem delegados mais novos e mais antigos, é comum que presida o delegado mais antigo. E isso é uma deliberação dos próprios delegados”, completou.
João Costa ainda informou que a situação dos delegados citados por não terem sido aprovados em concurso foi encaminhada para o Conselho Nacional do Ministério Público, que optou por arquivar o caso. “A questão foi levada ao Conselho Nacional do Ministério Público e ele foi arquivado, por entenderem que não haviam irregularidades”, disse.
MP se posiciona
Já o representante do Ministério Público Estadual, Marco Antônio Alves de Bezerra, informou que é preciso se chegar a um meio termo antes que seja solicitada a ruptura do sigilo de justiça que corre uma investigação. O promotor frisou que em uma investigação deste porte, são quebrados sigilos bancários e telefônicos e que, se o inquérito for divulgado na íntegra, pode ser que os envolvidos deixem de usar estes meios, prejudicando as investigações.