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Meio Ambiente

Foto: Joatan Silva

Foto: Joatan Silva

Com o objetivo de conhecer as tecnologias avançadas na área de tratamento dos resíduos sólidos por meio da digestão anaeróbia, que consiste em uma alternativa sustentável e econômica que possa atender as exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil, o Tocantins está entre os participantes da comitiva nacional que visitará projetos de energias limpas no Reino Unido. O subsecretário de Produção de Energias Limpas da Seagro - Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Ailton Parente, será o representante do Estado na viagem, que acontece entre os dias 2 e 7 de julho.

A expectativa do subsecretário é conhecer as tecnologias do tratamento do lixo urbano e trazê-las para aplicá-las nas cidades do Tocantins, independente de seu tamanho, evitando que o lixo se transforme no maior problema do município, como na maioria das cidades brasileiras, além de também propor alternativas para o Plano Estadual de Resíduos Sólidos. “Esperamos que com essas tecnologias possamos resolver problemas como a emissão de gazes metanos que provoca o efeito estufa, e consequentemente gerar energia e evitar a contaminação do lençol freático”, defende Parente.

A visita foi organizada pelo governo britânico para empresas do setor privado que atuam na área de obras públicas com a finalidade de promover parcerias entre empresas brasileiras e britânicas fomentando transferência de tecnologia no setor.

A comitiva visitará a Kirk Environmental, uma planta de porte médio para tratamento de lixo urbano com geração de energia elétrica, a Cannington Bridgewater Somerset, que é uma planta de tratamento do chorume proveniente da estação de tratamento de água combinado com o lixo, e também a planta da Harper Adams University, constituída pela empresa Biogeen, de menor escala e que utiliza esterco de porco como insumo para a geração de energia. O subproduto, o biofertilizante, é utilizado na região, de economia primordialmente agrícola.

Resíduos

Atualmente, somente 13% das 53 milhões toneladas de resíduos gerados nos mais de 5500 municípios brasileiros são levados a aterros sanitários controlados. Esta situação deve ser combatida até 2014, quando os municípios brasileiros deverão se conformar com a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos.

A transformação de resíduos em energia (eletricidade ou biogás) e fertilizantes ao invés do depósito em aterros sanitários reduz consideravelmente as emissões do metano, mitiga o risco de contaminação de lençóis freáticos e evita a degradação de áreas para depósito de lixo. A prática, muito utilizada na Europa, transforma portanto, um problema em riqueza.

Fonte: Assessoria de Imprensa Seagro