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Estado

As famílias que residiam às margens da Rodovia TO-010 (Palmas/Lajeado), no “Assentamento” denominado Cavan, começaram a ser transferidas na manhã desta quinta-feira, 12, para o Setor Santo Amaro, região norte da Capital.

Desde cedo, os próprios moradores iniciaram o desmonte dos barracos na margem da rodovia, para a realização da mudança. O transporte dos pertences foi feito por caminhões cedidos pelo Governo do Estado. A operação também contou com o apoio da Polícia Militar.

As 73 famílias que residiam no “Assentamento” passam agora a residir em uma área doada pelo Estado ao Município, com finalidade exclusiva para construção de habitações populares. Os defensores públicos Arthur Luiz Pádua Marques e Júlio César Cavalcanti Elihimas; o subsecretário de Habitação do Estado, Gláucio Barbosa; e o diretor de Planejamento Territorial da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Elias Martins Neto; acompanharam o procedimento.

“A intenção da Defensoria Pública é que essas pessoas tenham acesso a todos os serviços públicos como água potável, energia elétrica, transporte coletivo, atendimento de saúde, escolas, e tantos outros. E isso não era possível na antiga área onde as famílias estavam, e ainda havia outros riscos, pois na situação em que estavam não possuíam condições mínimas de higiene e a localização na margem da rodovia já havia resultado até em acidentes e óbitos”, afirmou o coordenador do Núcleo de Direitos Humanos, defensor público Júlio César Cavalcanti Elihimas.

“Após findar a mudança de local, o trabalho continua. Vamos atuar junto à Celtins e a Saneatins para instalação das redes de energia e água. E o mais importante, atuar junto ao Município para agilizar a construção das moradias populares, pois já existe recurso disponível para este fim na Caixa Econômica Federal e este é o nosso objetivo final, proporcionar a essas
famílias moradias dignas e definitivas”, frisou o coordenador do Núcleo de Ações Coletivas, defensor público Arthur Pádua Marques.

Mudança aprovada

A mudança nesta quinta-feira proporcionará às famílias acesso aos serviços públicos; já que, a partir de agora, estarão residindo em local apropriado para habitação urbana. “Com certeza lá será melhor pra nós, vai ter água e energia que é o sonho de todos. Aqui é tudo muito difícil, principalmente sair pra trabalhar, hoje mesmo tive que faltar ao serviço porque eu trabalho como diarista e tenho que caminhar quatro quilômetros todo dia para pegar um ônibus”, disse Antonia Bezerra, que é mãe de cinco filhos e reside com o marido e um neto.

“É um dia histórico para essas famílias, tem gente chorando aqui porque não estava acreditando. Foram dois anos e quatro meses de muito sofrimento ebmuitas dificuldades dessas famílias. O trabalho da Defensoria Pública foi fundamental para encontrarmos uma solução para essas pessoas, graças a Deus esse dia chegou”, finalizou o presidente da Associação em Defesa da Moradia do Município de Palmas, Darci Aires Cardoso. (Ascom Defensoria Pública)