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Estado

Durante reunião na Procuradoria da República no Tocantins realizada nesta terça-feira, 24, o procurador Álvaro Manzano, representantes de comunidades indígenas, da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), da Funai (coordenação regional de Palmas e local de São Felix do Araguaia), da Associação Brasileira de Antropologia, da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SEDJUH) e da Secretaria Estadual de Cultura do Tocantins debateram sobre as causas e soluções para o abuso de álcool entre os índios no estado. Um termo de compromisso entre instituições e órgãos dedicados ao enfrentamento da questão será elaborado.

A comunidade indígena ressaltou que já tem conhecimento dos diagnósticos para o alcoolismo nas aldeias e que nesse momento querem que as medidas sejam efetivamente implementadas para resolver o problema. Álvaro Manzano destacou que o MPF/TO tem ciência de que o abuso de álcool e outras drogas atinge todas as etnias do Tocantins, particularmente os karajá, onde se registrou alto número de suicídios que podem estar relacionados ao alcoolismo. Para o procurador, soluções pontuais não resolvem o problema e deve-se tomar medidas que envolvam toda a comunidade, já que a dependência decorre também de situações comuns entre os índios.

O termo de compromisso deve ser assinado em reunião no dia 22 de maio na SEJUDH e deverá atribuir responsabilidades a cada órgão na execução de soluções para o alcoolismo entre os Karajá. Cada órgão deverá levar o nome e os dados do representante que deverá assinar o termo, listando suas atribuições e responsabilidades. O MPF/TO ainda se comprometeu a realizar cobrança por parte da Diretoria de Promoção Social da Funai, em Brasília, a fim de promover a disponibilização dos recursos para implementação das propostas que serão apresentadas pelo GT Ilha do Bananal da Funai. (Ascom MPF)