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Polí­tica

Os 18 municípios prioritários para o controle da dengue no Estado conheceram nesta manhã de quinta-feira, 21, no auditório do Anexo I da Sesau – Secretaria de Estado da Saúde o PAT - Projeto Aedes Transgênico, que representa uma alternativa promissora para minimizar os impactos da dengue na saúde pública.

O Projeto foi apresentado pela bióloga e pesquisadora do Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, Margareth Capurro, pelo diretor Presidente da Biofábrica Moscamed Brasil, Aldo Malavasi e pelo gerente do PAT, Danilo Oliveira.

O trabalho do Projeto é liberar mosquitos machos de Aedes aegypti de uma linhagem transgênica para combater o transmissor do vírus da dengue. A produção dos mosquitos é realizada na Biofábrica Moscamed Brasil.

Os mosquitos produzidos são geneticamente modificados e carregam um gene responsável pela morte das larvas durante seu desenvolvimento. O macho transgênico modificado passa essa informação para sua prole e estes não são capazes de atingir a fase adulta, já que morrem na fase de larva. “O objetivo do projeto é diminuir a população de Aedes aegytpi e assim, futuramente reduzir os casos da doença, já que sem o mosquito, não tem doença”, disse Aldo Malavasi.

De acordo com o diretor geral de Vigilância e Proteção à Saúde da Sesau, Whisllay Bastos, os resultados da liberação do mosquito em apenas um ano, mostram uma redução expressiva da população de Aedes aegytpi selvagem. “Considerando a incorporação das ações de controle do vetor e da doença, os resultados no Estado podem ser melhores ainda, por isso apoiamos esta estratégia”, declarou.

Durante a apresentação, os participantes puderam conhecer o projeto e tirar dúvidas, além de entenderem que o PAT não substitui o trabalho que já é realizado pelos municípios na prevenção e combate da doença, “este projeto vem para somar, pois de nada adianta utilizá-lo, se a população não se envolver na prevenção e nos cuidados por exemplo, com o seu quintal”, alertou a pesquisadora Margareth.

Na oportunidade, o projeto também foi apresentado ao Secretário de Estado da Saúde, Nicolau Esteves, que elogiou e gostou muito da proposta de o Tocantins poder utilizar mais uma estratégia na redução do mosquito transmissor da dengue, “a prevenção às doenças é prioridade para Sesau, por isso, a saúde apoia o projeto e não medirá esforços para que ele seja colocado em prática. É de fundamental importância que trabalhemos para que a população fique livre da dengue e de outras doenças”, afirmou.

Participaram da reunião, o Diretor Geral de Vigilância e Proteção a Saúde, Whisllay Maciel Bastos, a Diretora de Doenças Vetoriais e Zoonoses, Adriane Valadares, o Secretário Municipal de Saúde, Samuel Bonilha, o Diretor de Vigilância Epidemiológica de Palmas, Claudio Nogueira, além de técnicos da Sesau e os representantes dos municípios de Palmas, Porto Nacional, Araguaína, Araguatins, Colinas do Tocantins, Paraíso do Tocantins, Miracema, Guaraí, Gurupi, Tocantinópolis, Alvorada, Araguaçu, Arapoema, Arraias, Augustinópolis, Dianópolis, Pedro Afonso e Xambioá.

Projeto

O projeto desenvolvido pela Moscamed Brasil é fruto da parceria com a USP - Universidade de São Paulo e a empresa britânica Oxitec, e tem apoio financeiro do governo da Bahia, através da Sesab - Secretaria de Saúde e da Secti - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. O primeiro Estado a realizar esta experiência foi a Bahia, no Vale do São Francisco, cidade de Juazeiro. (Ascom Sesau)