A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, pelo segundo ano consecutivo, se apresenta na Feira Literária Internacional do Tocantins (Flit). Esse ano a Escola Bolshoi trás o espetáculo “Grande Suíte do Ballet Don Quixote”. Serão duas apresentações, nos dias 9 e 10 de julho, às 22h, na Praça dos Girassóis, em Palmas, capital do Tocantins. O elenco é composto por 90 alunos e a apresentação é gratuita e aberta ao público.
Don Quixoteé um balé envolvente, com teatralidade e de música vibrante, onde o público vive as emoções da obra como se fosse um dos personagens. A versão coreográfica apresentada pela Escola Bolshoi, é resultado do trabalho do bailarino e coreógrafo russo, Vladimir Vasiliev, eleito “bailarino do século” pela UNESCO. Além de preservar a abundância e a diversidade da dança, Vasiliev ensinou aos alunos do Bolshoi não apenas os detalhes técnicos, mas também que, para ser um verdadeiro bailarino, não basta apenas dançar com o corpo, é preciso dançar com a alma.
A história de Don Quixote
Na “Grande Suíte do Ballet Don Quixote”, com nova versão coreográfica de Vladimir Vasiliev, Kitri e Basílio, protagonistas da obra, vivem uma intensa história de amor, heroísmo e ilusão, com traços hispânicos marcantes.
Kitri e o pobre barbeiro Basílio enganam o rico Gamach, noivo da heroína, com quem Lorenzo, seu pai, a força se casar. Com a ajuda de Don Quixote, nobre cavalheiro, e Sancho Panza, seu fiel escudeiro, os apaixonados Kitri e Basílio se casam numa grande festa em Barcelona.
“Don Quixote”, de Marius Petipa, nasceu em Moscou em 1869, quando o coreógrafo francês selecionou algumas partes da novela de Miguel de Cervantes e fez um libreto e coreografias com a música virtuosa de Ludwig Minkus para a produção no Teatro Bolshoi, em Moscou.
Petipa conhecia bem a Espanha e as danças espanholas, portanto, no seu “Don Quixote” reviveu o espírito da Espanha, a brilhante teatralidade das multidões dançando nas praças de suas cidades, cheias de luminosidade solar e em tavernas sob a luz das estrelas da Europa meridional.
Alexander Gorsky, aluno de Petipa produziu novamente este balé em 1900, quando indicado para dirigir o Balé Bolshoi. A produção obteve tal sucesso que existe até hoje com pequenas mudanças na coreografia e direção. Porém, está incluída no repertório da maioria das companhias de dança com fama mundial.
Gorsky conseguiu criar um “Don Quixote” muito democrático, alegre e cheio de cores. O balé sempre foi adorado pelos dançarinos porque mesmo os mais modestos membros do corpo de baile conseguiam pela primeira vez se sentir criadores e co-autores da peça. Cada qual tinha uma tarefa cênica concreta e sob sua discrição ‘criava’ um mini retrato cênico da sua personagem. Este espírito de improvisação dava uma especial originalidade às cenas de multidão em “Don Quixote”.Isso foi o que Gorsky acrescentou a esse balé, e foi o que Vladimir Vasiliev seguiu e desenvolveu mais ainda quando bailarino. Vasiliev deu continuidade a esse trabalho ao produzir a suíte para os alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.
Escola do Teatro Bolshoi no Brasil: referência em arte-educação
A única escola do Teatro Bolshoi de Moscou completou, em março desse
ano, onze anos desenvolvendo arte e cultura com um sentido libertador com
consistência de valores e tradição. Atinge as mais variadas classes sociais do
país. A missão da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é formar artistas
cidadãos, promover e difundir a arte-educação.
Buscando a melhor formação, garante o acesso de crianças ao mundo da cultura,
ampliando seus horizontes. A sua missão é formar artistas-cidadãos, promovendo
e difundindo a arte-educação. Com doze anos de implantação no Brasil, a
primeira Escola do Teatro Bolshoi, educa 332 alunos sendo 293 dos cursos
técnicos e 39 dos cursos de formação continuada. A instituição também concedeu
100% de bolsas de estudo para todos os alunos do curso técnico. (Ascom Bolshoi)