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Cultura

A tradicional técnica artística de gravar imagens em metal foi o método escolhido pela artista plástica Graça Arnús para concretizar a religiosidade e crença no Senhor do Bonfim. O resultado estará em exposição entre os dias 18 a 31 de julho, na Galeria Sesc de Artes, em Palmas. A mostra “O Sagrado na Fé do Senhor do Bonfim” terá vernissage no dia 18, às 19h, com entrada gratuita.

Durante o dia, a artista fará a oficina “Pensamento e Atitude”, sobre arte contemporânea. Os participantes irão debater sobre o trabalho de alguns artistas contemporâneos e seus métodos. Ao final, serão feitos desenhos de observação.

Trabalho

Há cerca de 10 anos, Graça Arnús viaja pelo Estado do Tocantins estudando as manifestações populares. E foram justamente essas viagens que a inspiraram a gravar no metal a fé no Senhor do Bonfim. “A gravura é uma forma bem acessível de o público conhecer essa manifestação cultural, por meio da minha visão, do meu olhar”, contou a artista.

A técnica utilizada pela artista, gravura em metal, também é conhecida como calcografia ou calcogravura. A arte de gravar em metal se dá por meio de vários processos, sendo o mais antigo deles a gravura a buril ou talho-doce, em que a gravação é feita diretamente no metal com um instrumento de aço chamado buril.

Perfil
Graça Arnús iniciou suas atividades em Artes Plásticas em 1965, quando frequentava cursos livres de modelo vivo com a professora Tereza Nazar na Fundação Armando Álvares Penteado. Em 1968 começou frequentar o ateliê de Frederico Nasser. Estudou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos e na Faculdade de Belas Artes de São Paulo.

De 1985 a 1990 trabalhou com o escultor Pedro Pinkalsky, com a gravurista Ivone Couto, com o comunicador visual João Rossi e com os artistas plásticos Carlos Fajardo e Dudi Maia Rosa em workshop nos ateliês.

Em 1996, participou de workshop do Sesc com José Resende e do Seminário de “Artes Públicas” no Senac.

Viajou o Estado do Tocantins em busca de materiais para a realização do livro Tocantins – Arte e Cultura e conheceu aldeias indígenas para execução de desenhos, de pinturas corporais e registro das diferenças entre as etnias Kavajá, Javaé, Xambioá, Xerente, Kuahô e Apinayé.

Saiu pelo Brasil em busca de desenvolver seu olhar pelas diferenças culturais brasileiras e características regionais, motivadas pela fé e pelo cotidiano das pessoas.

Em 2007, realizou as fotografias para o Documentário Cinematográfico sobre o “Patrimônio Histórico do Tocantins”. (Ascom Sesc)