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Cultura

Reconhecida internacionalmente por seu trabalho visual, a brasileira Beatriz Milhazes terá espaço na Galeria de Artes do Sesc até o início de setembro. A exposição “Um Itinerário Gráfico” é composta por nove serigrafias impressas artesanalmente, produzidas entre 1996 e 2003. A vernissage será dia 7 de agosto, a partir das 19h, com entrada gratuita.

Beatriz Milhazes buscou no modernismo de 1922 sua referência de cores, principalmente em Tarsila do Amaral, em quem baseia as soluções plásticas e o colorido. O movimento das gravuras faz o olhar do observador percorrer toda a tela de uma só vez, e retroceder aos poucos para se atentar aos detalhes.

As cores, fortes e atrativas, não permitem que as obras passem despercebidas. Os arabescos, flores, crochês e rendas das gravuras lembram o universo feminino, trazendo a memória a sensualidade e a percepção do corpo.

A grandeza de “Um Itinerário Gráfico” se resume no verso de Manuel de Barros: “repetir repetir – até ficar diferente”. A série de serigrafias foi produzida por um método que trabalha com matrizes e reimpressões, e leva uma inédita variação da impressão com a transferência da cor como forma entre duas superfícies.

O trabalho de Beatriz Milhazes é mundialmente conhecido. A tela “O Mágico” (2001) foi arrematada na Sotheby´s de Nova York por US$ 1,049 milhão, o valor mais alto já alcançado por um brasileiro vivo num leilão internacional.

Beatriz Milhazes é pintora, gravadora, ilustradora e professora. Frequentou cursos de arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e em várias universidades dos Estados Unidos. Sua obra vem se destacando em exposições no exterior. Recentemente expôs na Pinoteca de São Paulo, em 2008, Fundação Cartier Pour L´art Contemporain, Paris, em 2009, e Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (Maes) em Vitória, em 2010.