Os Bancários do Tocantins optaram pela greve. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira, 17, em assembleia geral extraordinária na sede do Sindicato dos Bancários - SINTEC/TO em Palmas. Por determinação da maioria, a partir desta terça-feira, 18, os bancos públicos e privados do Estado, terão seus serviços interrompidos.
De acordo com o presidente, Célio Mascarenhas, esse resultado já era esperado, pois, segundo ele, diante das condições atuais não restam muitas alternativas. “Já temos todo um planejamento de ações, estávamos precavidos, desenvolvemos um plano operacional em conjunto com a regional de Gurupi e Araguaina”, destacou Mascarenhas. Célio defendeu a participação em massa dos bancários, para que o movimento tenha expressão. “Somos cerca de 1600 bancários em todo o Estado, se lutarmos juntos, manteremos o movimento fortalecido e sem dúvidas teremos mais respaldo”, explicou.
Segundo o Sintec, o movimento de greve surgiu da inflexibilidade da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que definiu um reajuste salarial de apenas 6%, bem abaixo dos 10,25% de reajuste exigido pela categoria. O bancário do Banco da Amazônia, Eduardo Henrique, é a favor da paralisação, de acordo com ele, os bancários precisam reparar as percas salariais. “Tudo está subindo, nossos salários precisam ser reajustados acompanhando aos índices reais de inflação e entre os bancos públicos, o Banco da Amazônia é o campeão em defasagem”, informou.
Nacional
A Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação - CEBNN/CONTEC insiste na solução por meio do diálogo e debate. Mas até o momento, a FENABAN não sinalizou qualquer interesse, mantendo a última proposta de 6% de reajuste (apenas 0,58% de aumento real).
Mais reivindicações
No pacote de melhorias exigidas, também estão, a contratação de mais empregados para por fim às filas, piso salarial do Dieese, melhor Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), Plano de Cargos e Salários em todas as instituições financeiras, auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche/babá e 13ª cesta-alimentação no valor de R$ 622,00, isonomia entre os empregados novos e antigos (bancos oficiais), fim do assédio moral e das metas abusivas dentre outras. (Ascom Sintec)