Acontece nesta quarta-feira, 17, o último dia da 1ª Feira de Medicina Tropical,
realizada pela Fundação de Medicina Tropical do Tocantins (Funtrop). Estão
sendo realizadas várias oficinas, palestras, debates, orientações à população
na área de saúde, exposições de pesquisas e atendimentos médicos, nas áreas de
ginecologia, dermatologia, pediatria e pneumologia, para a prevenção e
diagnóstico precoce de doenças tropicais.
Os agendamentos para as consultas são feitos no posto de saúde do Bairro de
Fátima. O projeto Semear Ciência apresentou aos estudantes sobre plantas
medicinais, no horto da instituição. O evento tem parceria com o Hospital de
Doenças Tropicais de Araguaína (HDT), e participação do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Ciclos de Vida e
Odontomóvel da Secretaria Municipal de Saúde de Araguaína, a Liga Integrada de
Farmacologia e o Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC).
O cirurgião dentista, Luís Carlos Fantini, é o responsável pela Odontomóvel, da
Secretaria Municipal de Saúde de Araguaína e participou do evento com ações
preventivas de educação e orientações em grupo de como fazer uma escovação
correta, uso do fio dental e a quantidade de pasta de dente, que deve ser menos
da metade das cerdas, para evitar o desperdício. “Uma pessoa orientada sobre a
higienização bucal desde a infância a chance de chegar na fase adulta sem cárie
é de 100%”, disse o dentista enfatizando a importância dessas ações.
Atendimento médico
Dezenas de pessoas estão sendo atendidas por médicos na Feira de Medicina Tropical. A coopera Maria Espírito Santo, 42, mora no Setor Itapuã e precisava de uma consulta com um pneumologista, porque sente muita falta de ar e cansaço. “É muito difícil conseguir médico na cidade e aqui é uma forma de um especialista me ajudar a resolver esse meu problema de saúde, porque me incomoda muito”. Disse.
“A dona de casa Josiane Santos de Jesus, 29, precisou de um dermatologista, porque está com alergia nas mãos, com o contato com sabão. “Eu preciso fazer meu trabalho em casa e não consigo usar luvas. É muito bom ter um médico para ajudar a população”, disse ela reivindicando outros eventos como esse.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) marcou presença com aferimento de pressão
arterial e teste de glicose, que sai o resultado na hora. “Nós também
orientamos a respeito de uma boa alimentação e todos os cuidados básicos do
cotidiano, de evitar o estresse e os benefícios da prática de exercício
físico”, disse a enfermeira da UPA, Janaína Saraiva.
Projeto Semear Ciência
Várias crianças de escolas estaduais e municipais visitaram o horto da Funtrop, do Projeto Semear Ciência. Segundo a coordenadora, Juliana Lima, os estudantes aprenderam os históricos das plantas medicinais. “A mirra foi a planta que os três magos entregaram para o menino Jesus, que significa orai por nós”. Ela explicou também as plantas que oferecem riscos à saúde, que podem causar intoxicação e até morte, e também dos benefícios dos chás que determinadas plantas oferecem e que contribuem com a boa saúde. O estudante Leonardo Cardoso de Souza, 10, da Escola Municipal Manoel Lira, aprendeu que o chá de erva cidreira acalma. “Eu já gostava de chá, agora vou tomar mais ainda, porque faz muito bem para a gente”, disse.
A aluna Vitória Tailane Ferreira, 10, da mesma escola, conheceu de perto as plantas que são tóxicas. “A planta ‘comigo ninguém pode’ é perigosa, a gente não pode mexer nela, porque causa intoxicação e até a morte”, alertou. A professora das crianças, Lenir dos Santos Pereira, gostou do resultado desta oficina para os alunos. “Este projeto proporcionou uma aula dinâmica, diferente e produtiva, porque na prática eles aprendem muito mais. Quase todas essas crianças têm plantas em casa e eles precisam conhecer melhor para ficarem sempre alertas”, contou.