O governador Siqueira Campos abriu o II Seminário do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social, na noite desta última terça-feira, 16, no Palácio Araguaia. O evento, que segue por toda esta quarta-feira, 17, no auditório do Tribunal de Contas, reunirá todos os segmentos da sociedade voltados para a área de habitação, para resolver os problemas existentes em todos os municípios tocantinenses. “A falta de moradia faz com que pais e mães percam suas referências e os deixam sem condições de cuidar de seus filhos como deveriam. Mas a esperança não murcha e nem se enfraquece”, disse o governador na oportunidade.
Afirmando que “moradia digna é o que todo ser humano busca”, o governador lamentou as condições, até mesmo sanitárias, que parte da população tocantinense ainda enfrenta. “Não temos como fugir destes problemas, porque não está certo. Precisamos de providências sérias para pelo menos diminuirmos significativamente estes problemas”, disse Siqueira Campos.
O problema de falta de moradia lamentado pelo governador foi diagnosticado durante a primeira fase de elaboração do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (PEHIS) e, segundo o secretário da Habitação, Raimundo Frota, aponta 90 mil unidades habitacionais que precisam ser feitas imediatamente; 136 mil unidades que precisam de melhorias e um déficit, de acordo com o crescimento demográfico, de mais 77 mil unidades para todo o Estado. “Estes números são o motivo deste evento que deve encontrar soluções para equacionarmos positivamente este déficit”, enfatizou Frota. Ainda segundo o secretário, o momento é de busca de soluções para o problema habitacional no Estado. “Vamos colher sugestões de todos os agentes sociais para que junto com o Governo se construa um instrumento normativo que é determinante para permitir que as pessoas mais carentes tenham acesso à moradia. Vamos encaminhar o projeto final à Assembleia Legislativa e a partir daí teremos uma política habitacional para todo o Estado para os próximos anos”, afirmou o secretário, acrescentando que o plano estadual estará vinculado ao nacional e aos municipais.
Para o prefeito eleito de Aparecida do Rio Negro, Deusimar Pereira de Amorim, a elaboração do plano vem somar às buscas dos municípios em resolver os problemas sociais. “Apesar da melhora nos últimos anos, a questão habitacional é um problema muito sério em todo o Brasil e em nosso município, que é muito carente, temos uma demanda muito grande e estaremos buscando junto aos demais órgãos a melhor e mais rápida forma de atender as necessidades de nossa população”, afirmou.
Com um déficit de seis mil unidades habitacionais só na área urbana do município, o prefeito eleito de Porto Nacional, Otoniel Andrade, se disse entusiasmado com a forma de buscar soluções. “A forma como está se organizando este setor é de suma importância, pois vai facilitar às prefeituras e ao próprio Estado obter os recursos necessários para atender a demanda”, destacou.
A presidente da Federação das Associações Comunitárias e Moradores do Estado do Tocantins, Veneranda Oliveira, afirmou que a classe a qual representa tem grandes expectativas em relação ao plano. “Os moradores do Tocantins esperam que a união das forças dos órgãos federativos venham de forma efetiva concretizar o sonho de todos os tocantinenses carentes, que é ter uma casa”, enfatizou. (Secom)