Apesar de ainda faltar 1 ano e 9 meses para as próximas eleições, as discussões acerca da sucessão governamental no Tocantins ganham força. Ao Conexão Tocantins, o secretário das Relações Institucionais do Estado, Eduardo Siqueira Campos (PSDB), nome dado como certo nos bastidores para concorrer, frisou que esta antecipação nas discussões são prejudiciais no que tange às ações administrativas. Além disso, ele destacou que só pensará em eleições a partir da formação de um cenário positivo, tanto político, quanto administrativo, além da composição do grupo.
O fato é que o nome do filho do governador Siqueira Campos (PSDB), vem crescendo nas especulações de composição para a chapa majoritária que disputará em 2014. O presidente eleito da Assembleia Legislativa, deputado estadual Sandoval Cardoso (PSD), que assumirá no dia primeiro fevereiro, defende uma composição de chapa com Eduardo Siqueira como candidato ao governo e a senadora Kátia Abreu, do seu partido, como candidata à reeleição.
O secretário frisou, no entanto, que uma decisão de disputar uma eleição passa primeiramente pela escolha das possíveis opções do grupo. “Eu não faço parte de um grupo que tem apenas uma opção e nem quero isso”, disse Eduardo ao Conexão Tocantins.
Mesmo sem descartar uma candidatura, Eduardo frisou que uma reeleição da gestão de Siqueira Campos depende da formação de um cenário político e administrativo de aprovação do povo. “Acho que é demagógico e escapista chegar para a população e dizer que não posso, que não quero. Mas acredito que as coisas acontecem no momento que devem acontecer. O governo tem um objetivo administrativo que, se cumprido, desemboca em uma realidade política”, salientou.
De acordo com o secretário, ações administrativas como a recuperação das redes escolares, viárias, de saúde são trabalhos administrativos que podem gerar bônus político em um futuro cenário eleitoral. “O que é importante ressaltar é que não podemos pensar em reeleição da gestão Siqueira Campos, sem a aprovação da administração Siqueira Campos”, reforçou.
Evolução
O secretário destacou que o cenário estadual tem se mostrado favorável neste sentido. Na Assembleia Legislativa, um início de gestão que tinha a minoria dos deputados aliados ao governo, agora já oferece um parâmetro mais favorável à gestão estadual. “Fizemos a primeira presidência da AL, com o deputado Raimundo Moreira por 13 votos a 12, mesmo tendo apenas 9 deputados eleitos pela base de Siqueira Campos e 15 pelo lado do Gaguim (ex-governador Carlos Gaguim - PMDB). Já nesta segunda eleição, dos 22 presentes, tivemos 20 votos”, lembrou.
Dentro deste cenário de evolução, Eduardo ressaltou a importância do relacionamento entre Executivo e Legislativo. “Eu diria que hoje, temos uma maioria muito tranquila na Assembleia. A nossa agenda com o parlamento tem que melhorar muito, mas vem sendo construída com muito respeito”, destacou.