Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Palmas

O ex-prefeito de Palmas, Raul Filho (PT) não quis comentar a averiguação que a prefeitura está fazendo sobre o funcionamento do sistema funerário na sua gestão mas ponderou que não concorda com as alegações de que muitas pessoas fora dos padrões estipulados para custeio por parte do Paço foram beneficiadas. A ação, conforme informaram titulares da Prefeitura de Palmas, teria tido a participação de vereadores. “Não dá para inventar defunto. Defunto a gente sepulta com certidão de óbito”, disse.

O ex-secretário da pasta de Assistência Social, Robledo Suarte, também foi procurado pelo Conexão Tocantins para se manifestar sobre o assunto. Ele, que ficou na pasta de 2010 até o final de 2012, negou a existência de um esquema com as funerárias e que envolveria inclusive vereadores. “O plantão social dava o parecer e fazia a avaliação. Só liberávamos depois disso”, disse. O ex-titular disse não ter conhecimento de que pessoas que não sejam de baixa renda tenham sido beneficiadas.

Sobre os 575 sepultamentos realizados no Cemitério Público Municipal Jardim da Paz ele garantiu que todas as famílias que tiveram despesas custeadas não tinham condição de pagar. Sobre as alegações de indícios de irregularidade por parte da Prefeitura, Robledo chegou a atribuir isso a uma questão de perseguição política.

Uma comissão investiga várias denúncias com relação ao assunto principalmente sobre a possibilidade de triplicidade nos pagamentos de funerais. A Prefeitura alega que nos últimos três anos foram gastos R$ 3 milhões apenas com serviços funerários. Velórios de até R$ 8 mil chegaram a ser pagos pela gestão anterior.

A economia que a atual gestão estima ter com a readequação dos sepultamentos é de R$ 1 milhão por ano. O secretário de Infraestrutura, que acompanha o levantamento, chegou a sugerir a abertura de uma CPI por parte da Câmara para investigar o assunto.