Na sessão desta terça-feira, 14, as viagens do prefeito Carlos Amastha (PP) ao exterior foram motivos de polêmica. Até mesmo os vereadores da base aliada do Executivo não pouparam criticas ao prefeito no que se refere à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), solicitando liminar no Tribunal de Justiça (TJ) para não ter que pedir autorização à Câmara para viagem em prazo inferior a 15 dias.
Para o vereador Joaquim Maia (PV), a atitude do prefeito foi classificada como um total “desrespeito” ao parlamento palmense. “O gesto do prefeito joga no lixo a Lei Orgânica do Município (LOM)”, disse Maia. Ele cobrou uma ação mais firme da Mesa Diretora da Casa na defesa do Legislativo da Capital.
Os vereadores Emerson Coimbra e Rogério Freitas, ambos do PMDB, cobraram mais diálogo de Amastha com os vereadores. “O prefeito passou por cima do Parlamento, tirando a autonomia da Câmara”, argumentaram os peemedebistas.
Na avaliação do vereador Lúcio Campelo (PR), o prefeito cometeu um “ato insano”, e chamou o prefeito de “alienígena”. A Lei Orgânica, no seu entendimento, não trata especificamente de afastamento do cargo de prefeito por motivos pessoais. “A Lei diz que ele só pode se ausentar para tratamento médico ou para representação do município”, observou o parlamentar. O vereador Jucelino Rodrigues também concordou com os vereadores da mesma bancada e cobrou do prefeito Amastha mais respeito com o parlamento.
O presidente da Câmara Municipal Major Negreiros (PP) anunciou que vai se reunir com a Assessoria Jurídica da Câmara e com a Procuradoria Geral do Município nesta tarde para tratar do assunto.
Outra viagem do prefeito Amastha está programada para o próximo dia 17 aos Estados Unidos, onde deve permanecer até o dia 26.