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Polí­tica

Nesta sexta-feira, 7, aconteceu a etapa de oitiva de testemunha do Recurso Contra Expedição do Diploma (RCED) 1.82.2013.6.27.0029 impetrado pelo deputado estadual Marcelo Lelis (PV) contra o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP).

As três testemunhas arroladas por Lelis para depor contra o prefeito acabaram confessando que estariam sendo coagidas para acusar o prefeito, segundo informou o advogado de Amastha, Leandro Manzano. “As testemunhas arroladas pelo Lelis, que apresentou a ação, afirmaram e confirmaram que estavam sendo coagidas por pessoas a mando de Marcelo Lelis”, contou o advogado.

Segundo ele, uma das testemunhas chegou a chorar ao dizer que não estaria aguentando assédio que estaria partindo também de pessoas ligadas ao deputado. “Disseram claramente que pessoas ligadas ao deputado ofereceram dinheiro para que eles mentissem e acusassem o prefeito”, conta. O Conexão Tocantins tentou ouvir o deputado por várias vezes antes da publicação da matéria mas as ligações não foram atendidas. O espaço continua aberto para manifestação do parlamentar.

Diante da fala das testemunhas, o advogado de Amastha vai entrar com uma Representação junto ao Ministério Público Federal para que o órgão acione a Polícia Federal e investigue a situação. “Queremos que o MPF investigue os crimes que ocorreram de coerção de testemunhas e vamos pedir proteção policial para as testemunhas”, afirmou. A representação será protocolada na segunda-feira, 10.

No Rced, Lelis acusa Amastha de abuso de poder econômico, propaganda irregular antecipada e questiona inclusive a doação do salário do prefeito, compromisso feito em campanha. O advogado de Lelis, Juvenal Klayber confirmou ao Conexão Tocantins que uma das testemunhas alegou coerção mas frisou que o rapaz de nome “Geovane” não teria apresentado provas para sua alegação. “Apenas uma testemunha alegou isso mas não apresentaram prova nenhuma”, frisou. Segundo o advogado as outras duas testemunhas não teriam usado a mesma alegação. Para Klayber o episódio não diminuiu as alegações. “A partir de agora o juiz vai remeter a carta precatória para o relator analisar os pedidos que nós fizemos dentre eles a quebra de sigilo”, frisou.

Amastha comenta

O prefeito comentou o episódio e não poupou críticas ao adversário político. “A audiência,ontem,com o festival de mentiras que o Lelis e aliados montou tentando tirar o nosso mandato na justiça virou contra o feiticeiro. As testemunhas arroladas por eles mesmos, disseram a verdade para o juiz. Estavam sendo pressionados para que falassem um monte de mentiras”, disse o prefeito.

Ao Conexão Tocantins ele frisou que considerou que as oitivas pareciam um circo. “Aquele, que já foi uma promessa de renovação, demonstrou ser muito pior que os mestres. Se a justiça agir com rigor deveria ir preso. Tristeza!”, concluiu Amastha.