Com o intuito de discutir e estimular a elaboração de projetos de Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), representantes de diversas instituições do Estado se reuniram na tarde desta última quarta-feira, dia 19, no auditório da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro). Na ocasião, foram apresentadas as oportunidades e as limitações para a elaboração de projetos de Redd e PSA (Pagamento por Serviço Ambiental), no Tocantins.
Durante o evento, a diretora de Meio Ambiente da Semades - Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marli Teresinha, apresentou uma palestra sobre os aspectos da legislação ambiental no Tocantins.
Em seguida, o pesquisador da Universidade de Tecnologia da Suíça, Tim Reutemann, apresentou os princípios do Redd e a forma de beneficiar os produtores rurais. Reutemann realiza pesquisa no Estado, em parceria com o Instituto Ecológica. “O Redd visa à redução da emissão de carbono, por meio do não desmatamento”, afirmou o pesquisador suíço, acrescentando que “Através dos projetos de Redd o produtor rural pode aumentar a sua produção, o seu lucro, sem desmatar, intensificando sua produção, com a implementação de práticas produtivas”.
A pesquisadora Camila Vacari, do Sustainable Carbo, também apresentou uma palestra no encontro, onde destacou aspectos gerais do mercado nacional e internacional de carbono. Por fim, o diretor de Fomento em Energias Limpas da Semades, Pedro Gill, falou sobre as mudanças climáticas no Brasil.
Presentes
A abertura do encontro foi realizada pelo secretário executivo da Seagro, Ruiter Pádua. Participaram das palestras, técnicos da Seagro, da Semades, do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), além dos pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
O evento para discutir os projetos de Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação foi organizado pelo Instituto Ecológica, em parceria com o Governo do Tocantins, através das secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente.
Redd
O objetivo do Redd é pagar para manter as florestas em pé. O pagamento, por meio da venda de créditos de carbono, refletiria o valor do carbono armazenado nas florestas, ou nos custos ambientais advindos da extração de madeira e da ocupação agropecuária.
Essencialmente, trata-se de usar os créditos como "moeda", com a qual os países em desenvolvimento teriam estímulo para conter o desmatamento, enquanto os países ricos, ao investir nesses mecanismos, ajudariam a cumprir suas cotas obrigatórias de redução de emissões. (Ascom Seagro)