Para que o acolhimento fosse o mais semelhante possível as das noites caipiras e da rotina familiar, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social, através da Diretoria de Proteção Social Especial, organizou no último sábado a festa junina das crianças da Casa de Acolhida em Palmas. Animação, música, brincadeiras e apresentação da Quadrilha Arrasta Pé da Liberdadealegraram a noite das crianças e dos adolescentes assistidos. Servidores, familiares e a comunidade em geral trabalharam unidos na decoração do local.
Segundo o coordenador e coreografo da Quadrilha Arrasta Pé da Liberdade, Filemom Pinheiro, é muito importante para eles poderem contribuir levando um pouco mais de animação para as crianças da Casa de Acolhida. “Há dez anos foi formado o grupo e há seis meses estivemos ensaiando para apresentação em festivais. Este ano recebemos o convite da Casa de Acolhida, para apresentarmos para essas crianças e aceitamos com muita satisfação,” disse.
Composto por 40 integrantes, a quadrilha falou sobre os dez anos da sua formação e também sobre a história do Capim Dourado. De acordo com a secretária Maria Luiza Felizola, a Casa de Acolhida passou por algumas mudanças e adequações. “Os profissionais têm se dedicado muito para tornar o ambiente mais acolhedor e familiar. O resgate de valores familiares é o principal objetivo dessa administração. Em meio a tantas dificuldades e história de tristeza, que trás cada uma dessas crianças, foi possível resgatar o sorriso e levar um pouco mais de alegria”, destacou.
Para a coordenadora da Casa de Acolhida, Ivanete Ribeiro, o acolhimento tem que ser excepcional e provisório, tendo sempre em vista o retorno da criança ou do adolescente à sua família de origem no prazo mais breve possível.
“Os profissionais têm a clareza do quanto é importante a participação e colaboração de todos. Estamos trabalhando desde maio, quando toda equipe da casa fez um planejamento, pois esses eventos requerem cuidados e dedicação. Os abrigados têm o direito de manter os vínculos com suas famílias e estas necessitam de apoio para receber seus filhos de volta e conseguir exercer suas funções de forma adequada,” explica.
Casa de Acolhida
A Casa de Acolhida é um serviço de Proteção Social de Alta Complexidade, previsto na Política Nacional de Assistência Social – PNAS, desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Social.
O objetivo é acolher, acompanhar e encaminhar, em regime especial e de urgência, adolescentes de 12 (doze) a 18 (dezoito) anos incompletos, em situação de risco social e pessoal, vulnerabilidade, maus-tratos, violência física, psicológica e sexual, de acordo com as necessidades apresentadas e em conformidade com os princípios constitucionais, buscando melhorar as condições de vida e oportunizar um desenvolvimento sadio. A Casa tem a capacidade física de atendimento a 22 adolescentes.