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Estado

Em nota ao Conexão Tocantins o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis, Eduardo Pereira afirmou que a instituição não tem nenhuma interferência sobre os preços de combustíveis praticados na capital. O ramo nas últimas semanas tem sido alvo de muitos questionamentos ainda mais depois de levantamento do Conselho Regional de Economia – Corecon que mostrou o alinhamento de preços.

O Sindicato alega que a pesquisa foi distorcida propositalmente e afirma que dados do Procon mostram que a diferença de preço da gasolina em Palmas é entre R$ 2,97 e R$ 3,13. A pesquisa do Corecon mostrou também que os revendedores da capital tem um lucro bem maior que maioria dos estados mas o Sindicato contesta. “Sobre a classificação do ranking de melhor margem, onde diz que Palmas é a segunda colocada, o referido órgão esqueceu de informar que a revenda de Palmas tem um custo de R$ 0,14 de frete, e que até o momento, é o único Estado da Federação que não possui distribuidora de combustíveis de gasolina e etanol (no momento somente a Raizen Combustiveis – Shell, está operando parcialmente, com venda somente de Diesel Comum). Se acrescentarmos o frete sobre o custo do produto, certamente as margens estariam dentro da média do País”, disse.

Outra contestação do presidente do Sindicato foi com relação à atitude do deputado federal Cesar Halum que vai propor na Câmara Federal uma audiência pública para discutir o assunto. “Acredito que o nobre Deputado deve estar bem desinformado sobre o setor que atua, pois como parlamentar deveria saber da realidade do segmento antes de afirmar tal gravidade, pois caso contrário poderá sofrer sanções penais”, diz o Sindicato que afirma ainda considerar normal o alinhamento de preços.

Onde existe grande variação de preço, o consumidor tem que ficar atento, visto que hoje as diferenças dos preços de custos dos combustíveis nos postos não chegam a 3%. Portanto, para conseguirmos um preço melhor nas bombas, precisaríamos da abertura de mercado na exploração do petróleo, redução dos impostos (que hoje chega à aproximadamente 40%), e investimento em logísticas que hoje é um dos grandes gargalos na economia, principalmente relacionado à combustíveis.

Veja a íntegra da nota:

 Nota de esclarecimento

Considerando que, o Corecon-TO publicou recentemente uma pesquisa dos preços de combustíveis, onde diz que Palmas é a segunda capital com maior margem de lucro na gasolina e a terceira com menor variação de preço;

 Considerando que, o Deputado Cesar Halum, presidente da frente parlamentar em defesa dos consumidores de energia, telefone e combustíveis, declarou que os postos de Palmas estão ilegais e que estão explorando a população;

 Considerando as variadas noticias veiculadas na imprensa, o Sindiposto – TO vem através desta esclarecer mais uma vez sobre os preços praticados no mercado e sobre as inverdades divulgadas.

 Antemão, queremos reforçar que os preços de combustíveis dos postos são livres e o Sindiposto – TO não tem nenhuma interferência sobre os mesmos.

Sobre a recente pesquisa de preços divulgado pelo Corecon – TO, estão distorcidas de forma propositalmente, pois na própria pesquisa divulgada no site do referido órgão, diz que a diferença de preço da gasolina em Palmas é entre R$ 2,97 e R$ 3,13, ou seja com uma variação de R$ 0,16 por litro.

Sobre a classificação do ranking de melhor margem, onde diz que Palmas é a segunda colocada, o referido órgão esqueceu de informar que a revenda de Palmas tem um custo de R$ 0,14 de frete, e que até o momento, é o único Estado da Federação que não possui distribuidora de combustíveis de gasolina e etanol (no momento somente a Raizen Combustiveis – Shell, está operando parcialmente, com venda somente de Diesel Comum). Se acrescentarmos o frete sobre o custo do produto, certamente as margens estariam dentro da média do País.

Sobre as declarações do Deputado Cesar Halum, de que os postos estão trabalhando de formas “ilegais”, supondo a existência de cartel em Palmas, o mesmo deve ter informações privilegiadas para afirmar que os mesmos estão praticando crime e explorando a população. Acredito que o nobre Deputado deve estar bem desinformado sobre o setor que atua, pois como parlamentar deveria saber da realidade do segmento antes de afirmar tal gravidade, pois caso contrário poderá sofrer sanções penais.

O alinhamento dos preços dos combustíveis é normal em todo o mundo porque não há muita concorrência na produção do combustível. Hoje no Brasil temos um monopólio na exploração do petróleo e refino (Petrobrás S.A.), e apenas 3 Distribuidoras que detém aproximadamente 90% do mercado (BR, Shell e Ipiranga).

Vale ressaltar que os postos do Estado do Tocantins estão com índices de conformidade dos combustíveis em quase 100%. Onde existe grande variação de preço, o consumidor tem que ficar atento, visto que hoje as diferenças dos preços de custos dos combustíveis nos postos não chegam a 3%. Portanto, para conseguirmos um preço melhor nas bombas, precisaríamos da abertura de mercado na exploração do petróleo, redução dos impostos (que hoje chega à aproximadamente 40%), e investimento em logísticas que hoje é um dos grandes gargalos na economia, principalmente relacionado à combustíveis.

Cordialmente

Eduardo Augusto Rodrigues Pereira

Presidente Sindiposto – TO.