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Polí­tica

Foto: Ascom/AL

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O líder do governo, Carlão da Saneatins (PSDB) falou sobre a aprovação das contas consolidadas de 2009 dos ex-governadores Carlos Gaguim e Marcelo Miranda, ambos do PMDB. “Não é possível que tampemos nossos ouvidos, amordaçamos nossas bocas, vendamos nossos olhos para as aberrações que foram apontadas pela corte”, disse se referindo ao parecer da Comissão de Finanças. O relator das contas foi o peemedebista José Augusto Pugliese. O processo será analisado agora em plenário após ser aprovado por unanimidade na Comissão.

 Ele frisou que não tem ódio nem ressentimento com relação aos ex-governadores mas deixou a entender que a Assembleia foi criticada pelo posicionamento de alguns deputados. “Não podemos esquecer que até pouco dizia levianamente que a dignidade dos membros dessa casa poderia ser comprada com o cheque de R$ 2 mi”, afirmou sem citar nomes.

Segundo ele, a Assembleia tem que provar que a Casa de Leis não é balcão de negócios. “Corremos grave risco de fazer disto aqui um circo como pensam os manifestantes de todo o país”, frisou alegando que não quer fazer carreira em cima de nenhum desafeto político.

Segundo ele as informações do TCE, que rejeitou as contas, são embasadas e devem ser  averiguadas minuciosamente pela Assembleia.Ao afirmar que “quem não deve não teme” ele disse ainda que a Casa de Leis pode ser responsabilizada pela aprovação das contas. “Podemos ser considerados participantes dos crimes que foram feitos contra o povo o que seria profundamente injusto devido ao cuidado com o que tratamos a coisa pública”, disse. Em outro momento ele citou ainda que a decisão pode trazer reflexos políticos para os parlamentares no próximo ano.  “Estejamos certos de que nossos atos terão merecida exposição brandada pelas urnas no pleito que se aproxima”, frisou.

Em seguida o deputado Stalin Bucar (PR)  e o deputado Sargento Aragão (PPS) criticaram o posicionamento de Carlão e a atuação do TCE. “ Deputado se atente, fique mais atento”, cutucou Aragão afirmando que o parecer técnico do Ministério Público de Contas aprovou as contas e depois os conselheiros rejeitaram em plenário. O clima chegou a esquentar entre os parlamentares e num certo momento Carlão pediu retratação e disse que não é "balcão de negócios".

José Augusto Pugliese (PMDB) também defendeu as contas de Gaguim e Marcelo e em seguida Manoel Queiroz (PPS) chegou a dizer que o parecer do TCE foi "politiqueiro".

Ao responder os colegas parlamentares Carlão conclamou a base para que rejeite em plenário as contas dos ex-governadores. “Conclamamos que rejeitemos as contas dos ex-governadores porque a justiça é que vai julgar os processos e responsabilizá-los”, disse.