Os debates na Assembleia Legislativa foram acalorados nesta quinta-feira, 3, em razão do envolvimento do Igeprev na Operação Miqueias e diante da possibilidade de desvios através de investimentos do Fundo Previdenciário. O assunto foi levado em plenário pelo deputado estadual Sargento Aragão que disse que no órgão existe uma quadrilha que roubou o dinheiro dos contribuintes. Concordaram com a fala de Aragão os deputados José Roberto Forzani (PT), Eli Borges (PMDB) e ainda Freire Junior (PV).
Os parlamentares chegaram a afirmar que o governador do Estado, Siqueira Campos seria o chefe da suposta quadrilha e que supostamente saberia de todos os desvios que teriam ocorrido no órgão conforme mostrou auditoria do Ministério da Previdência.
O líder do governo, Carlão Saneatins (PSDB) saiu na defesa do governador e disse que o caso ainda está em fase de apuração. “ É uma irresponsabilidade de quem chama o governador de chefe de quadrilha”, frisou. Carlão frisou que não é contra a averiguação. “Não posso admitir que chame o governador de chefe de quadrilha sendo que não está julgado nem apurado estas suspeitas e o resultado ainda não foi votado e sentenciado”, frisou. Segundo ele é preciso apurar os fatos. "Queremos que apure os fatos", disse.
O deputado Raimundo Palito (PEN) disse que as acusações diretas ao governador são levianas e negou que ele sabia de aplicações financeiras do Fundo que configuram possíveis desvios de dinheiro. “ O Governador não é mãe Diná pra saber se o fundo vai dar prejuízo ou não ”, afirmou.
O deputado Stalin Bucar (ex-PR e atual SDD) também defendeu o governador e disse que assim que ele ficou sabendo do caso exonerou o ex-presidente do órgão. “Esse governador tem muito problema? Tem! Mas quando ele identifica alguma coisa errada ele vai e exonera”, disse.
A deputada estadual Solange Duailibe (SDD) também chamou atenção para a necessidade de esclarecer os fatos.