Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Estado

O Instituto Brasil Cidades - IBC, empresa que desenvolve softwares de gestão e controle de empréstimos consignados, reúne-se nesta terça-feira, 22, com alguns bancos em São Paulo, para apresentar os novos valores da taxa de administração para empréstimos consignados de servidores públicos estaduais do Tocantins.  A nova taxa vai variar de 5,5 a 6% em cima de cada operação do crédito consignado, que será cobrado dos bancos.

O sistema antigo, o Siconsig, cobrava 1,5% de taxa de administração, fato que mantinha as taxas de juros mais baixas. Bancos como o Daycoval, que nunca prestou serviço no crédito consignado no Governo do Tocantins poderá lucrar milhões com os servidores do Estado, e já assinou o acordo. A suspeita é de que o sistema possa movimentar uma verdadeira fortuna entre os envolvidos.

A situação desagrada aos representantes da maioria dos bancos que trabalham com empréstimo consignado no Estado, que chegam a falar em “esquema” onde alguém estaria sendo beneficiado. Segundo Osvaldo Durães, representante do Banco BMG, o sistema antigo, o Siconsig, era um dos melhores sistemas do País e nesse novo sistema as taxas são mais altas. “Falta transparência, por isso a reunião é em São Paulo e não em Palmas. Eles estão fechando com bancos pequenos que não tem nada a perder e nunca trabalharam no Estado. Esse aumento nós vamos pagar para o IBC e tem alguém ganhando por trás”, questionou.

Ainda segundo Durães, a taxa administrativa no antigo sistema ia para o fundo público agora não há uma explicação da destinação deste dinheiro e sua real aplicação. Sindicatos como o Sintet – Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins e a Diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins, o Sisepe, são contra. O fato levou até uma manifestação da Diretoria do Sisepe contra o presidente Cleiton Pinheiro que seria favorável ao novo sistema.

Bancos como Bradesco, Banco Bonsucesso, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o Banco BMG não assinaram a proposta de mudança do sistema. Segundo o representante do Banco BMG eles irão até as últimas consequências para não deixar que a taxa administrativa dos empréstimos consignados chegue a este valor.