O dia mundial de atenção à psoríase é comemorado nesta terça-feira, 29. O número de casos dessa doença inflamatória crônica, sistêmica, imunológica e não contagiosa ainda é um mistério. É que não existem estatísticas oficiais sobre a incidência de casos no Brasil.
A psoríase é caracterizada por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas, que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e nos joelhos. A doença surge principalmente antes dos 30 e após os 50 anos, mas em 15% dos casos pode aparecer ainda na infância.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Tocantins, Dr. Gustavo Alpino, a maioria dos casos leves e moderados são controlados com o uso de medicamento, hidratação da pele e exposição ao sol.
“Para as pessoas que não tem muito tempo para pegar sol todos os dias, é preciso que sejam feitos banhos de ultravioleta A e B em clínicas especializadas. Tudo isso acompanhando por um especialista”, lembra o presidente.
Tipos de psoríase
Psoríase Vulgar – lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
Psoríase Invertida – lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
Psoríase Gutata – pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas a processos infecciosos. Geralmente, aparecem no tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e quadril) e ocorrem com maior frequência em crianças e adultos jovens;
Psoríase Eritrodérmica – lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo;
Psoríase Ungueal – surgem depressões puntiformes ou manchas amareladas principalmente nas unhas das mãos;
Psoríase Artropática – em cerca de 8% dos casos, pode estar associada a comprometimento articular. Surge de repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes articulações como a do joelho;
Psoríase Postulosa – aparecem lesões com pus nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo;
Psoríase Palmo-plantar – as lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés.
Causas
Além da genética, outros fatores estão envolvidos no aparecimento e evolução da doença. Fatores psicológicos, estresse, exposição ao frio, uso de certos medicamentos e ingestão alcoólica pioram o quadro.
Tratamento
Psoríase não tem cura, tem tratamento. Não há como prevenir a doença, embora seja possível controlar a reincidência.
Recomendações
* Hidrate muito bem a pele, para evitar seu ressecamento excessivo que favorece a possibilidade de desenvolver lesões;
* Exponha-se com cuidado e moderadamente ao sol, mas antes passe um creme hidratante ou terapêutico. Você vai ter de usá-lo a vida inteira;
* Evite a ingestão de bebidas alcoólicas;
* Procure não se desgastar emocionalmente. O estresse tem papel importante no aparecimento das lesões. Como não é uma tarefa fácil, procure ajuda de um profissional se considerar necessário;
* Não fuja de encontros sociais e de lazer por causa das lesões. Psoríase não é contagiosa e, se você se afastar de tudo e de todos, pode comprometer o estado emocional e aumentar o problema;
* Visite regularmente o dermatologista e siga à risca suas orientações. Isso o ajudará a controlar as crises.