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Saúde

Foto: Divulgação

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Você sabia que doenças de pele podem estar relacionadas com problemas na garganta? É o caso da psoríase, doença crônica da pele, não contagiosa e sem cura. Sua causa é desconhecida, porém, é comprovado que pode estar relacionada à alteração do sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética.

A psoríase se desenvolve quando os linfócitos T, que são células responsáveis pela defesa do organismo, começam a, de certa forma, "atacar" as células da pele. As amígdalas, bem como as adenoides, fazem parte de um sistema de defesa na garganta. Quando algo vai mal, algumas das células de defesa, contidas nestes locais podem reconhecer alguma proteína das bactérias como sendo semelhantes à alguma proteína da pele, gerando assim uma reação de combate contra a própria pele e articulações.

Nestes casos podem surgir a psoríase, que têm como sintomas visíveis as manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas na pele, às vezes, com sangramento coceira, queimação e dor. As unhas podem se apresentar mais grossas, sulcadas ou com caroços, além de inchaço e rigidez nas articulações dependendo do tipo de psoríase.

Alguns fatores podem aumentar a chance de adquirir a psoríase ou mesmo piorar o quadro clínico. Estresse, obesidade, consumo de bebida alcoólica, tabagismo e tempo frio, além de infecções de garganta pela bactéria estreptococos podem desencadear o surgimento da psoríase e uma piora dos sintomas de psoríase crônica.

Nestes casos específicos, relacionados às infecções na garganta, é que a chamada “Amigdalectomia”, ou seja, a retirada das amígdalas poderá ajudar na melhora da psoríase crônica.

“Muitos estudos clínicos ainda precisam definir com certeza se todos os pacientes se beneficiariam com a cirurgia da retirada das amígdalas. Cada caso deve ser bem investigado para a escolha mais adequada de tratamento. De qualquer forma, na suspeita desta doença, deve-se procurar um dermatologista certificado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, além de um reumatologista, para definir o melhor tratamento para cada caso”, aconselha Dr. Wilian Mattos, especialista em otorrinolaringologia.

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