Pacientes
em tratamento do linfoma não-Hodgkin folicular serão beneficiados com a
ampliação do uso do medicamento rituximabe. Anteriormente, o remédio só era
disponibilizado pela rede pública nos casos mais avançados da doença. A medida
beneficiará os 51 pacientes atendidos no Hospital Geral Público de Palmas
(HGPP) e no Hospital Regional Público de Araguaína (HRPA). A portaria foi
publicada no Diário Oficial da União, no dia 30 de dezembro.
De acordo com a oncologista-pediátrica do HGPP, Jussara Marques Sita, linfoma
não-Hodgkin são células neoplásicas (cancerígenas) que atingem o sistema
linfático e podem comprometer a funcionalidade de órgãos como o fígado e o
baço. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que 9.790 pessoas vão
desenvolver esse tipo de câncer em 2014.
O rituximabe deve ser utilizado durante o processo de quimioterapia. Essa
medida destrói as células defeituosas e aumenta a sobrevida dos pacientes. Para
a doutora Jussara, a ampliação do uso desse medicamento vai melhorar a
eficiência dos tratamentos. “O índice de cura no Estado vai aumentar”,
complementa a médica.
Em 2009, a presidenta da República, Dilma Rousseff, foi diagnosticada com o
câncer no sistema linfático e utilizou o rituximabe para o tratamento da
doença. Pacientes com linfoma, atendidos pela rede pública, recorreram à
justiça para receber o medicamento nos estágios iniciais da doença. Segundo
informações do Ministério da Saúde, o rituximabe está entre os dez medicamentos
mais solicitados na justiça. (Ascom Sesau)